Título da redação:

Chamas da globalização

Tema de redação: A precarização do patrimônio histórico brasileiro e suas implicações

Redação enviada em 18/09/2018

Quando uma sociedade bem instruída critica a forma como o governo faz sua gestão e anseia por explicações, é preciso reprimí-las antes que seus ideias ganhem força entre as pessoas. Esse era o que defendia o Império Romano, que, visando manter a estabilidade política, praticava o que conhecemos hoje de política do "Pão e Circo", isto é, oferecia à população entretenimentos supérfluos a fim de mitigar revoltas e contestações. Mais de 2 milênios depois, ainda vemos resquícios de tal pratica no Brasil: Enquanto edifícios como o Museu Nacional e Memorial da América Latina são incendiados e centenas de esculturas espalhadas pelas cidades são apedrejadas e pichadas, o brasileiro parece mais preocupado com os jogos de futebol e os próximos capítulos da novela. Essa ignorância de nossos conterrâneos é uma das diversas consequências negativas que a globalização trás consigo, ou seja, o contato com diferentes povos do mundo provoca, paradoxalmente, a perda da diversidade cultural do globo. Em síntese, tal fato ocorre graças à venda de padrões de vida inspirados no "American Way Of Life", nos quais induzem as pessoas a consumir e adotar determinada cultura, com isso, temos a desvalorização dos traços característicos de países sub-desenvolvidos como o Brasil para a supervalorização de apenas um, dentre os quais destaca-se os Estados Unidos da América. Além disso, a despreocupação governamental e popular no que tange aos edifícios dotados de valor histórico-cultural também provém de uma falha estrutural da educação do país somada à falta de investimentos em escolas e universidades públicas, pois a deficiência nas matérias de ciências humanas, como história, filosofia e geopolítica corroboram para o desinteresse dos estudantes em buscar conhecimentos mais profundos sobre determinado lugar ou período importante para a história da nação. Por fim, partindo da premissa apresentada no texto, é evidente a urgência por parte do Governo Federal em ampliar o número de parcerias publico-privadas com empresas dispostas a colaborar com a manutenção e divulgação desses espaços públicos (sobre a condição de obter alguns insumos estatais), a fim de criar na consciência dos populares o quão é importante a perpetuação dos atributos da cultura brasileira para as próximas gerações, porque, além de elucidar aspectos sobre a sociedade, muitos dos lugares que já foram consumidos pelo fogo do descaso, também eram importantes centros científicos do planeta. Com isso, procura-se reduzir o número de perdas à população a curto e longo prazo.