Patrimônio histórico é definido como qualquer bem, seja ele material ou natural que possui significado e importância para a sociedade. Geralmente são produções feitas pelo homem e preservadas afim de se conservar a história. Contudo, o Brasil passa por um processo distinto, ao invés de priorizar a preservação de tais patrimônios o que se nota é a negligência por parte do governo e a apatia da maioria da população pelo tema. Entra governo, sai governo e a preocupação com a manutenção do patrimônio histórico nunca muda. Em grande parte da história brasileira os governos tendem a ignorar a situação alegando que precisam cortar gastos ou priorizar outras áreas. Assim, locais como museus são vitimas do tempo e do descaso das autoridades, passando por um processo de sucateamento e até mesmo destruição dos bens. Exemplo de tal situação são os recorrentes casos de incêndios aos museus que ocorreram no Brasil nos últimos tempos. O mais recente aconteceu no Museu Nacional do Rio de Janeiro, local que completou 200 anos em 2018 e já foi residência de rei. O museu, que é o mais antigo em atividade no Brasil, contava com um extenso acervo e teve a maior parte queimada. O próprio presidente do Instituto Brasileiro dos Museus (IBRAM), Marcelo Araújo, mostrou seu descontentamento com o incêndio em uma entrevista dada a Folha de São Paulo. Segundo ele a situação mostra a necessidade de mudar a cultura sobre a preservação do Brasil. Preocupação que se restringe a um pequeno grupo disposto a conservar a história brasileira. Vale lembrar que toda história de um povo é feita a partir da preservação de suas origens. A construção de uma identidade social se dá culturalmente e historicamente, ou seja, o brasileiro só é brasileiro devido a seu passado. Destruir um passado é condenar o futuro. Diante do exposto é evidente que há uma necessidade de se investir na manutenção dos patrimônios históricos brasileiros. Assim, a criação de uma lei que destinasse uma verba satisfatória para manter os museus e afins seria uma saída para o descaso orçamentário que tais instituições sofrem. Outra solução seria a criação de núcleos de fiscalização das ações do governo que seria composta por voluntários de cada comunidade, em troca da participação nos núcleos cada voluntário ganharia um acesso livre a qualquer museu no Brasil. Tais medidas ajudariam a promover a participação da população e a priorização da manutenção da história.