Os museus e acervos públicos são espaços detentores de uma inesgotável fonte de história e ciência. Esses patrimônios históricos e científicos são de extrema importância para a manutenção dos estudos e conhecimento histórico-cultural de uma nação. Mas as condições da manutenção desses recintos estão se tornando cada vez mais preocupantes. Aparentemente, as autoridades do Brasil, têm se mostrado muito indiferentes em relação à conservação desses locais. Um fato, muito recente, que proporcionou um incalculável dano ao patrimônio histórico do país foi o incêndio que ocorreu no Museu Nacional, nesse ano de 2018. Uma série de documentos importantes sobre a história do Brasil virou cinzas. Além dos documentos históricos houve, também, a perda de importantes pesquisas elaboradas por estudiosos. No entanto, é preciso salientar que esse não é um fato isolado. No ano de 2015, um incêndio transformou as obras, que estavam nas dependências do Museu da língua portuguesa, em pó. Há, ainda, outro relato que, nesse caso, comprometeu estudos voltados para as áreas biológicas, no qual um sinistro ocorrido no ano 2015 no Instituto Butantã, arruinou um importante acervo de seres vivos. É inegável que a grande maioria desses danos são oriundos da falta de manutenção e da má conservação das estruturas prediais, problemas nas instalações elétricas e na infraestrutura. Além do prejuízo cultural que esses estragos causam à nação, existe, ainda, a questão financeira, uma vez que as perdas materiais terão impactos diretos nos cofres públicos, pois será necessário desembolsar expressivas quantias para reestruturar essas edificações. Apesar da importância que o patrimônio cultural representa para a sociedade, ao que parece, a manutenção e conservação desses acervos públicos não são preocupações políticas dos candidatos à presidência atual, visto que apenas 15% dos planos de Governo, de acordo com dados da BBC, citam propostas de proteção ao Patrimônio Cultural. Enfim, patrimônio histórico brasileiro é muito importante para preservação cultural da pátria. Entretanto, é indiscutível que boa parte desses bens encontram-se em condições de precariedade. Todavia, há um modo bastante genuíno para proteção de toda essa herança, a manutenção e conservação adequada dos espaços. O ditado “É melhor prevenir do que remediar” é um célebre conhecimento popular que deve ser aplicado em diversas circunstâncias, inclusive nessa questão patrimonial. Para isso, é necessário que o Governo Federal, por intermédio dos Ministérios da Cultural e Educação, façam um trabalho em conjunto com o intuito de proteger esses patrimônios. Para tal, o Ministério Educação deve disponibilizar estudantes das engenharias para fazer vistorias nas estruturas edifícios, mas é necessário que o Ministério da Cultura ofereça as ferramentas de trabalho. Ademais, é primordial que esses espaços tenham equipes treinadas e equipamentos fundamentais, 24 horas por dia, para o controle de sinistro, do mesmo modo que acontece em museus da Europa, como é o caso do Museu do Louvre em Paris. Essas são formas eficazes de não permitir que a história do Brasil vire cinzas.