Após o incidente que ocorreu no Museu Nacional do Rio de Janeiro em 2018, houve uma grande mobilização dos governantes para expressar publicamente a insatisfação com o ocorrido e o esforço que desempenhariam a fim de que ocorresse o reparo no prédio histórico. Porém, desde o ano de 2014, sites e jornais como Folha, IG e O Globo já transpareciam a população a situação precária em que o ambiente se encontrava, com problemas elétricos e infiltrações na estrutura do edifício. É notório que o atual cenário político não demonstra total apreço ou investimento nos patrimônios históricos do Brasil, já que o museu do Rio de Janeiro só havia recebido dois terços da verba destinada a ele, segundo o site O Globo, e teve como último presidente a visita-lo, Juscelino Kubitschek. Além disso, esse acidente não se trata de um caso isolado, mas sim de uma série de 7 museus e institutos nos últimos 40 anos, que inclui o Memorial da América Latina e o Museu da Língua Portuguesa. Ademais, não se trata de uma perda apenas para a pátria brasileira, mas da destruição de um bem da humanidade, que não pertence a um país, mas a toda uma civilização. Tal incidente priva as gerações futuras de um contato mínimo com o passado, fazendo com que desconheçam, de modo material e simbólico, a sua origem e tenham apenas o conhecimento de fotos e registros que não representam o real significado, podendo implicar em alienações as pessoas que desconhecem aquilo que as antecedeu e, portanto, podendo não compreender o que está por vir. Diante dos argumentos apresentados, providências são indispensáveis para solucionar o impasse. Cabe ao Governo Federal a criação de um fundo nacional de investimentos nos museus, que utilizem uma porcentagem do lucro dos impostos ou de fontes de riquezas nacionais, como a extração de petróleo ou de minérios, para a manutenção e melhora dos museus. Paralelo a isso, e de obrigação de cada estado a reforma e adequação dos ambientes as normas vigentes como as NR’s e os alvarás do corpo de bombeiros a fim de evitar futuros incêndios como o que pode ocorrer no Museu do Ipiranga, que já se encontra fechado desde 2013, demonstrando que a história brasileira pede socorro.