O acesso a saúde está garantido nos direitos humanos, e no Brasil ela se dá por meio do SUS (Sistema Único de Saúde), sistema que infelizmente a cada dia sofre com cortes em seu orçamento. É claro que se torna necessário investir mais na saúde dos brasileiros, visto que o Brasil é um dos países que menos investe em saúde publica. Entretanto, a má gestão dos recursos repassados para serem investidos no campo da saúde, também é culpada pela situação caótica em que se encontra o sistema publico de saúde brasileiro. Segundo uma pesquisa realizada pelo portal do Conselho Federal de Medicina, cerca de R$2,59 é gasto por dia em saúde para cada habitante da capital mineira, Belo Horizonte, contando com 2,15 leitos por 800 habitantes, porém, em Porto Alegre, capital do Rio Grande do Sul, onde é investido R$2,02 por dia, o numero de leitos por 800 habitantes é de 3,27. Portanto, através desses dados fica claro que, muitas das vezes o problema não está somente relacionado ao baixo investimento feito na saúde publica, mas também na má administração desses recursos. Outros fatores que impedem o bom funcionamento do SUS- que se trata de um sistema que tem como objetivo garantir saúde para todo o Brasil- é a infra-estrutura precária em que se encontra muitos hospitais e unidades básicas de saúde, como também a má distribuição de médicos pelo Brasil, pois muitos se concentram nas grandes capitais, e as cidades do interior acabam ficando sem atendimento medico especializado. O governo para solucionar esse problema de falta de médicos investiu no programa Mais Médicos, que está garantindo atendimento a 63 milhões de brasileiros que não contavam com atendimento médico e que agora encontram atendimento nas unidades de saúde próximas de suas casas. Entretanto, isso não é o suficiente. Fica claro mediante aos fatos apresentados que a problemática da saúde publica no Brasil, não está apenas na falta de investimentos por parte do governo, mas sim em diversos fatores. Para solucioná-los primeiramente deve-se reorganizar o sistema de gestão de saúde publica, tendo em vista que os brasileiros não vêem retorno do valor que pagam nos mais variados impostos, e para ter uma administração satisfatória é preciso passar pela modificação do modelo de remuneração dos prestadores de serviços e pela criação de novas regras que priorizem a prevenção ao invés de se preocupar apenas com a cura. Investir na formação de mais profissionais da saúde também torna-se necessário, e isso deve ser feito através da abertura de mais vagas para quem pretende cursar faculdades e cursos que envolva as mais variadas áreas da saúde. No que diz respeito à falta de programas de promoção e prevenção de saúde, a situação é precária. Portanto, é preciso que o governo invista ainda mais nesses programas, pois eles através deles será possível uma drástica redução de custos com saúde.