Título da redação:

O gargalo na saúde pública brasileira

Tema de redação: A polêmica gestão da saúde pública no Brasil

Redação enviada em 15/03/2016

Historicamente, a crise econômica nacional, vinda do período militar brasileiro, intensificou a permanência o trágico cenário da saúde pública do país.Diante disto, em 1988 a Constituição Federal imputou ao Estado o dever de prover saúde a todos cidadãos igualitariamente, fato esse que culminou na, posterior, criação do atual modelo de saúde do Brasil, o Sistema Único de Saúde - SUS-. Porém, após mais de 20 anos de sua criação, o referido sistema encontra-se submerso em graves entraves políticos e de gestão. Dessa forma, a população nacional enfrenta com resiliência a espera por atendimentos em hospitais públicos. Ao passo que, o Brasil é um dos países com maior incidência de tributos, espera-se que destes altos pagamentos, venham políticas públicas que presem pela promoção e manutenção, principalmente, da rede básica de assistência à população. Entretanto, o retrato que se observa é outro: hospitais lotados de pacientes em busca de atendimento em meio à falta de leitos e equipamentos, bem como, greve de funcionários que reivindicam melhorias nas condições de trabalho e pagamento de seus serviços, além de filas homéricas para realização de procedimentos tanto urgentes quanto eletivos. Haja visto que, a saúde nacional prioriza o modelo curativo, nota-se uma desmedida necessidade por atendimento de âmbito hospitalar em oposição à política desenvolvida nos Programas de Saúde da Família, os PSFs, que garantem a prevenção de doenças e a promoção da saúde por deterem equipes multifuncionais capazes de evitar o agravamento do estado de saúde de cada paciente, o que culmina nas noticiadas superlotações de centros de saúde em capitais e em cidades maiores dentro de cada estado. Afim de que haja uma melhoria no setor de saúde brasileiro, é necessária uma rápida intervenção governamental na reformulação da política tributária nacional, possibilitando maiores investimentos na rede hospitalar municipal e regional, com o objetivo de diminuir a procura por atendimentos fora do domicílio do paciente, assim como, elevará as chances de avanços no setor de gestão econômica do modelo, evitando atrasos em folhas de pagamento de funcionários e priorizando a humanização no atendimento individualizado de cada paciente, a exemplo da promoção do parto normal em gestantes fora de risco. Consoante a isso, é necessário cobrar de cada gestor municipal medidas sanitárias que evitem epidemias como a da Dengue, advindas da proliferação incontrolável do mosquito Aedes Aegypti , em virtude de lixo acumulado em locais alvo de chuvas e água parada. Como também, há de se dar atenção a promoção dos programas de atenção à saúde primária, espelhando-se na vizinha Cuba e seu modelo preventivo de saúde sem, necessariamente ter que inserir os profissionais deste país no quadro de funcionários de cada município brasileiro.