A Constituição Federal de 1988 põe a vida como sendo o bem maior dos direitos fundamentais, preceituando em seu art. 196 que a saúde é um direito de todos e um dever do Estado, A fim de que esse objetivo seja alcançado, o governo federal criou o Sistema Único de Saúde (SUS); um sistema que deveria garantir o acesso integral, universal e igualitário à população brasileira. A situação caótica da saúde pública se revela na deficiência das estruturas físicas hospitalares, na falta de disponibilidade de material-equipamento-medicamentos e na carência de recursos humanos. Isso se deve a ausência de investimentos na saúde, em Rio Branco, por exemplo, se gasta por ano R$ 240,73 por habitante, segundo dados do Conselho Federal de Medicina - CFM. Outra face da situação é a distribuição irregular de médicos no Brasil ocasionado devido ao desgaste no sistema público de saúde. A região Sudeste possui 2,61 médicos por 1000 habitantes, tem concentração 2.6 vezes maior que o norte (0.98), de acordo com a CFM. Essa concentração tende a ser maior nos polos econômicos onde há maior quantidade de serviços de saúde e, consequentemente, maior oferta de trabalho. O fato é que o Brasil é o quinto país do mundo com o maior número de médicos e, assim, espera-se que seja um dos melhores na gestão da saúde. Em conclusão, para acabar com a desproporcionalidade na distribuição de médicos é necessário investir em todas as regiões oferecendo, portanto, oportunidades de emprego e dando atenção as necessidades de sua população. Destarte, investimento e oportunidade são as palavras-chaves para o sucesso da saúde brasileira.