Título da redação:

Invertendo a lógica

Proposta: A polêmica gestão da saúde pública no Brasil

Redação enviada em 18/05/2018

Sendo a saúde um dos pilares de uma vida dígna para qualquer indivíduo, e garantida pela Constituição Federal. Nesse sentido, os brasileiros têm vivido dias de completo antagonismo na saúde pública. De um lado, cidadãos brasileiros desesperados em uma fila de hospital tentando fazerem valer o seus direitos ao acesso à saúde pública e de qualidade. Do outro lado, o governo oferecendo um modelo de gestão de saúde assistencialista falido e focado apenas na relação médico-paciente. A priori, a idealização do SUS, quando da sua formação na década de 1970, com os princípios de universalidade, equidade e integralidade da atenção à saúde, tinham como objetivo trazerem a segurança e a dignidade ao povo brasileiro. Entretanto, o que se viu no decorrer dos anos foi um modelo de gestão assistencialista que inviabilizou o cumprimento dos valorozos princípios do SUS. De fato, esperar que a polulação adoeça, para que depois ela seja tratada é minimamente antiético. A gestão da saúde precisa ser focada na prevenção, mediante ações que fortaleçam a vigilância em saúde, prevenindo assim, o adoecimento da população. Efetivamente, nos países mais desenvolvidos, os modelos de saúde mais bem sucedidos são focados na prevenção. A exemplo disso, temos o modelo "Obama Care" nos Estados Unidos, voltado para as estratégias da saúde da família, com profissionais da saúde fazendo o acompanhamento domiciliar dos pacientes, evitando superlotações em postos de saúde. Outro problema, não menos importante, mas talvez mais discreto, é a falta de apoio às iniciativas voltadas para uma política de saúde mais multiprofissional, e não apenas vista como medicocentrista. Com efeito, unidades consideradas modelo, como o Hospital Sara Kubitschek e o Hospital da Criança em Brasília, trabalham com o multiprofissionalismo, de modo que a gestão e o acompanhamento dos pacientes sejam feitas por inúmeros profissionais e não apenas médicos, diminuindo assim os índices de desasistência na saúde pública. Assim, é imprescindível que o governo estabeleça estratégias que viabilizem a saúde preventiva e multiprofissional. Uma das formas é o Ministério da Saúde em conjunto com as Secretarias Municipais, utilizando recursos do FNS (Fundo Nacional de Saúde), formar comitês permanentes, multiprofissionais e com a participação de cidadãos, tendo poder de decisão para investir os recursos em equipamentos e tecnologias voltados para a prevenção da saúde, como: equipamentos capazes de realizar a geolocalização dos criadouros dos mosquitos Aedes, equipamentos precisos para detectar microproliferação de agentes patogênicos nos derivados alimentícios, dentre outros.