O Brasil se destaca no cenário mundial por ter um sistema público de saúde disponível a toda – ou grande maioria – população. Contudo, apenas o fator quantitativo não tem muito significado quando, no momento atual, vive-se um caos na qualidade da prestação de serviços de saúde. Essa péssima situação é devida a uma gestão precária movida por interesses políticos e poucos investimentos, o que revela a necessidade de mudança no setor administrativo desse serviço. Os gastos com a saúde pública no Brasil são muito baixos – aproximadamente 48% do total das despesas em saúde. Isso reflete em péssimos atendimentos, poucos leitos em hospitais e na falta de equipamentos e laboratórios especializados. Por conta disso, muitos dos hospitais e prontos-socorros estão em estado de calamidade pública e cenas como a de pessoas morrendo em corredores à espera de atendimento tem se tornado cada vez mais comuns. Entretanto, a falta de investimentos é apenas um dos fatores de uma grande rede de problemas que compõem o caos da saúde pública. A péssima gestão dos recursos disponíveis e, principalmente, os acordos políticos que conduzem a escolha dos gestores da saúde – que não são selecionados pela experiência e capacidade técnico-cientifica – integram o pior dos problemas nesse setor. Mudanças fazem parte de uma sociedade que busca se desenvolver e progredir, pois não basta insistir nos erros esperando resultados melhores. Portanto, a saúde pública – desorganizada, precária, ingerida e sem recursos - como se encontra no país, continuará impedindo o desenvolvimento da nação brasileira. É necessário uma mudança na lei orçamentária, que disponibilize maiores recursos para o setor da saúde pública, concomitante com uma rigorosa seleção dos secretários, ministros e gestores para desempenhar as funções administrativas – com base em suas formações acadêmicas. Esses fatores contribuirão com uma melhora no sistema de saúde brasileiro e mudarão a imagem dos hospitais que aterrorizam a população.