A Constituição Federal deixa claro no artigo 196 que a saúde é um direito de todos. Sendo assim, o que deveria ser de acesso universal e igualitário, enfrenta problemáticas indubitáveis cada vez mais explícitas. Afinal, o fator citado, de extrema importância para qualquer cidadão, parece seguir estagnado diante de uma evolução desenfreada do planeta. Uma reforma urbana, o surgimento de favelas e a Revolta da Vacina em 1904 marcaram o governo de Rodrigues Alves. Tamanhos acontecimentos, caracterizados pela intensa proliferação de doenças, em vista do aumento da população, demonstram o caos já enfrentado no passado, quando o assunto era assistência médica. Além disso, a persistente urbanização tende a agravar o cenário contemporâneo. Consequentemente, a carência em profissionais qualificados, a falta de medicamentos, postos, saneamento básico e infraestrutura, atrelados ao contexto anterior, permanecem descrevendo a saúde pública brasileira. Certamente, o destino inadequado da gestão cabível a esse setor, promove o desespero cotidiano de milhares de indivíduos que aguardam ansiosamente por uma vaga ou um simples atendimento em clínicas e hospitais. Em virtude desses aspectos, órgãos do setor público juntamente com o Fundo Nacional de Saúde (FNS) devem administrar, fiscalizar e ampliar de maneira ética e geral o que envolve a política de saúde no país. Trata-se de fazer valer o que é de direito de toda nação e reforçar a ideia de Platão: “A função de governar cabe aos que têm a virtude da sabedoria”.