Enquanto o Brasil enfrenta um período turbulento na política, uma outra área de imensa relevância também clama por atenção: a saúde pública. Hospitais lotados, falta de materiais e infraestrutura precária, profissionais desmotivados e, em algumas regiões, ausentes. Uma realidade que não condiz com os altos valores que os cidadãos pagam através dos impostos. Diante dessa situação alarmante que vem se arrastando há anos, o governo criou alguns projetos para solucionar, ou ao menos, amenizar o problema, como o programa Mais Médicos por exemplo. No entanto, apesar de o plano ter trago algumas melhorias, a problemática somente pareceu piorar. Pode-se levantar como uma das causas a má distribuição de profissionais pelo território brasileiro; enquanto os grandes centros acumulavam médicos, cidades interioranas sofriam com o fato de não terem nenhum. Quando se fala sobre saúde pública, deve-se falar sobre o SUS também. Sendo um dos melhores e maiores programas em relação ao assunto e copiado por diversos países, o sistema tem como um de seus fundamentos a atenção básica em saúde e a importância desta no combate à inúmeras enfermidades. Não é um dever apenas dos profissionais da área, mas de todos. Saneamento básico, higiene pessoal, acesso a informações, são ações que, juntamente com os projetos destinados a prevenção – e não somente objetivando a cura, como se tem visto acontecer – certamente diminuiria o total de pessoas à espera de atendimento. Por ser uma problemática que engloba várias causas e consequências, o ideal é ter uma ação conjunta dos três personagens principais: o povo, os profissionais de saúde e o governo. A população deve cobrar por uma administração que entenda o real problema e pare de criar soluções de curto prazo; uma administração que saiba investir o dinheiro do povo da melhor forma possível através de projetos de reestruturação em todos os aspectos da saúde. Já os profissionais da área devem se unir para, ao invés de curar as pessoas, levar informações sobre como elas poderiam evitar as doenças. Palestras, grupos de discussão e até usar as redes sociais para atingir o máximo de indivíduos possíveis. O governo, por representar todos e, consequentemente, ter papel vital, deve atender às necessidades da população e auxiliar os profissionais nesse combate contra o caos da saúde pública brasileira.