Título da redação:

Dinheiro: a cura do Brasil?

Proposta: A polêmica gestão da saúde pública no Brasil

Redação enviada em 22/03/2016

Dinheiro: a cura do Brasil? Dentre os vários impasses vividos atualmente pelos brasileiros, a problemática da saúde configura como um dos principais. Ainda que o país conte com o SUS (Sistema Único de Saúde), um dos modelos, teoricamente, mais avançados do mundo, grande parte daqueles que dele dependem, não se sentem satisfeitos. A precariedade dos hospitais, a falta de médicos em determinadas regiões e a ausência de estruturação favorável comprometem o êxito do programa. Ademais, os recentes cortes no orçamento do Estado podem agravar o caso. A realidade ameaça o cidadão, que vê seu bem estar condenado pela precária saúde publica brasileira. O SUS, em sua missão de universalizar a saúde no país, teve considerável êxito. Através dele, muitos têm acesso a tratamentos, medicamentos e consultas médicas diariamente. Entretanto, os problemas que apresenta, muitas vezes, ofuscam seus méritos. O Estado investe pouco na saúde, e pretende ainda diminuir os repasses, segundo pesquisa da ONG Contas Abertas. Muitas outras problemáticas decorrem disso. Há a carência de médicos fora dos centros urbanos, resultado da falta de interesse desses profissionais em cidades pacatas e, possivelmente, sem estrutura favorável ao trabalho. Estrutura essa que também é frágil nas grandes cidades, onde hospitais carecem de leitos e aparelhagem para exames. Muitas vezes, a polêmica da saúde beira o caos. Além disso, o capital governamental é muitas vezes mal aproveitado, buscando-se mais a “remediação” dos problemas, ao invés de combatê-los nas origens. A grande vilã da saúde no Brasil é a falta de saneamento básico por parte da população. Grande parte não tem acesso a esgoto e água tratados ou coleta de lixo. Outro agravante é a inacessibilidade a uma alimentação adequada fazendo com que várias doenças, que levam milhares aos hospitais diariamente, sejam densamente proliferadas. Os investimentos, uma vez voltados às causas da problemática, poderiam reduzir significativamente as intermináveis filas por atendimento. Não faltam cifrões nos repasses do governo, falta qualidade em seu emprego. Assim, torna-se evidente que a precariedade da saúde publica no Brasil, não é facilmente solucionada. Ainda que os repasses crescessem, o modelo de investimento condenaria o sistema da mesma forma. Faz-se necessário, pois, que o Estado fortaleça a estrutura física da saúde (hospitais, leitos e exames) em grandes e em pequenas cidades. Incentivar a ida de médicos para essas últimas contribui para a melhoria do serviço no interior. Todavia, a grande ação deve ser a destinação de mais verba para o combate à origem das doenças, principalmente a carência populacional de saneamento básico e nutrição adequada. Dessa forma, a saúde terá uma qualidade satisfatória, alicerçando o bem-estar social.