O atendimento básico e intensivo do Sistema Único de Saúde (SUS) brasileiro passa hoje por uma crise que prejudica toda a população nacional. Esta conjuntura é resultado da falta de planejamento na alocação dos recursos públicos por parte do Estado e da falta de execução de políticas de saúde preventiva. Para que seja considerado satisfatório, um sistema de saúde deve priorizar a prevenção de patologias. As doenças crônicas como a hipertensão e o diabetes podem em diversos casos ser evitadas por meio de práticas saudáveis e de acompanhamento médico preventivo. Epidemias de doenças como a Dengue e a Zika também podem ser arrefecidas por meio de campanhas de conscientização. Caso estas medidas fossem postas em prática no Brasil, o governo federal teria uma redução de gastos considerável, de modo que este dinheiro poderia ser redirecionado para o tratamento de doenças mais graves. Dessa forma, a temida "fila de espera" do SUS poderia ser reduzida. Além disso, o cenário é agravado pela insuficiência de profissionais da área - sejam eles médicos(as), enfermeiros(as) ou técnicos(as) -, os quais são afastados pelas péssimas condições de trabalho a que são submetidos. Neste sentido, a questão burocrática no setor deve ser reanalisada pelo Estado, visto que diversos são os casos noticiados pela mídia de equipamentos de última geração que envelhecem lacrados em corredores de um hospital ou posto de saúde, que por sua vez encontra-se numa reforma que parece não findar. Portanto, a adoção de medidas preventivas e a desburocratização das transações na área de saúde (com a devida fiscalização) são fundamentais para solucionar o problema. No que tange a prevenção, a adição da disciplina "Saúde e bem-estar" no currículo obrigatório das escolas brasileiras pode disseminar hábitos sadios. No que se refere à burocracia, o Estado deve otimizar os processos licitatórios e investir pesado em infraestrutura de prédios hospitalares e ambulatoriais.