Título da redação:

A negligência na saúde

Proposta: A polêmica gestão da saúde pública no Brasil

Redação enviada em 25/09/2017

O Sistema Único de Saúde brasileiro, o Sus, é admirado mundialmente por diversos países devido ao seu modelo e planejamento. Entretanto, a ineficácia do investimento público e a falta de orientação com a saúde pessoal entre os brasileiros contrapõem esse cenário e comprovam o que já é fato em outros setores do país – nem tudo funciona como na teoria. Lair Ribeiro, um renomado cardiologista e estudioso brasileiro, diz que “aquele que não tem tempo para cuidar de seu corpo, o terá para cuidar de suas doenças”. Essa frase sintetiza a ideia de que a profilaxia será sempre o caminho melhor e mais saudável do que a remediação. Todavia, hoje, devido a uma série de fatores, o cidadão brasileiro tem tido como prioridade o segundo. Isso, pois, profissionais da área, além da escola e mídia, não tem cumprido com o papel influenciador de inserir na mentalidade da população a importância de cuidados pessoais como higiene, alimentação e prática de atividade física. Dessa maneira, o atendimento médico é sempre o recurso mais procurado e excede a demanda que o país suporta, configurando uma série problemática nacional. Nesse sentido, é necessário ressaltar que assim como em outros setores do Brasil, há uma questão de ineficiência do investimento público. Prova disso é a quantidade de greves de profissionais da saúde que ocorrem nos dias atuais. Quando profissões como essas, que são associadas diretamente à segurança da população, entram em greve, evidenciam a profunda insatisfação com a administração do atual sistema. Os problemas mais enfrentados são a alta demanda de atendimento, medicamentos e utensílios insuficientes, e defasagem de hospitais públicos. Logo, sendo responsável por cerca de 180 milhões de pessoas no país, o Sus possui em sua trajetória um grave problema administrativo. Sendo assim, ao entender os empecilhos do vigente sistema de saúde público brasileiro, é possível que certas medidas sejam tomadas. E como um dos obstáculos é quanto à negligência e falta de conscientização pessoal, deve-se reforçar o uso de campanhas e políticas públicas com o intuito de incentivar a sociedade à pratica de medidas profiláticas. Essa prática deve ser um investimento a ser pensado e constantemente reforçado por intermédio das escolas e da mídia. Além disso, para os problemas de atual gestão no Sus, o Ministério de Saúde pode exercer um papel de mediador de debates entre profissionais insatisfeitos e as administrações do sistema, de modo a encontrar as devidas soluções para os atuais desafios. Dessa maneira, o Sus poderá ter o mesmo prestígio no país que possui no cenário mundial.