No que se refere à gestão da saúde pública no Brasil, pode-se perceber a falta de uma administração adequada. Isso se evidência com a precariedade nos serviços prestados pelo Sistema Único de Saúde (SUS) em consonância com a carência de profissionais no Programa Saúde da Família (PSF), prejudicando à milhares de brasileiros que dependem da saúde pública no país. O SUS tem sofrido os reflexos da má gestão da área da saúde e a precariedade desse serviço é iminente em todo o Brasil. O mau atendimento, déficit de profissionais, falta de equipamentos, superlotação nas emergências e grande período de espera para o atendimento são situações rotineiras enfrentadas pela população que necessita do Sistema Único de Saúde. Realidade que se apresenta como um paradoxo, uma vez que o SUS foi criado em 1988, após o movimento sanitário, que reuniu médicos, enfermeiros, donas de casa e outros profissionais contra a ditadura para garantir o acesso de todos os cidadãos à uma saúde de qualidade. Além disso, o Programa Saúde da Família, criado pelo Ministério da Saúde, durante a presidência de Fernando Henrique Cardoso, para promover atenção básica à população enfrenta a falta de profissionais, uma vez que médicos têm preferência por outras especialidades. Esse desinteresse se deve, principalmente, pela baixa remuneração na área da saúde da família. Ação essa que pode ser justificada por Thomas Hobbes. Segundo o filósofo, o homem é um ser egoísta, que persegue os próprios interesses, ou seja, que prefere um alto salário à pouca remuneração. Caso o PSF fosse eficientemente prestado para a população, poderia reduzir de 80% a 90% os problemas das pessoas, o que reduziria consideravelmente a superlotação nas emergências. Dessa maneira, com a má gestão da área da saúde no país, os programas SUS e PSF, encontram-se inaptos para atender à toda a população. Visto isso, é necessário maior investimento na área da saúde, por parte do governo, associado à um melhor direcionamento da verba para esse segmento, destinando corretam a quantia necessária para cada estado, de acordo com a necessidade de cada região. Em conjunto com essa ação, os profissionais da saúde precisam ser estimulados à terem interesse pela área da saúde da família e isso se faz com melhorias nos salários e uma melhor divulgação desse campo de trabalho. Esse direcionamento é imprescindível para a melhora da área da saúde no Brasil, cujo acesso à todos os cidadãos é um direito garantido pela constituição.