Desde o Iluminismo e a Revolução Francesa, é notável a ideia de que os Estados têm a responsabilidade de garantir os direitos de suas populações igualmente. A partir deste ponto de vista, podemos relacioná-lo à gestão da saúde pública no Brasil; já que o governo tem o dever de oferecê-la pelo território nacional. Sendo assim, surgiu com esse propósito o SUS, que possui, entre seus princípios, o atendimento curativo de forma equânime e universal, sem distinção, entre os indivíduos. Porém, apesar de o SUS ser um programa de saúde pública mundialmente reconhecido, sua eficácia e abrangência são questionáveis; pois, são comuns ocorrências de hospitais públicos com péssima infraestrutura, exames com filas de espera muito longas e uma distribuição desigual desse sistema pelo país, concentrado nas metrópoles e escasso nas demais regiões. Este cenário causa descrença e um grande mal-estar entre os cidadãos brasileiros. Para solucionar esse problema político-social, o Governo Federal promoveu o programa Mais Médicos, que trouxe imigrantes médicos estrangeiros. No entanto, ele se mostrou insuficiente. Dessa forma, as unidades do Estado precisam aperfeiçoar o SUS, investindo não somente numa saúde curativa, mas numa saúde preventiva, com o respectivo melhoramento do saneamento básico nas cidades brasileiras. Ademais, é de suma importância um maior investimento no aparelhamento e fornecimento de remédios dos hospitais públicos, assim como uma melhora nas ofertas empregos aos médicos brasileiros, para que haja o deslocamento destes para o interior. Logo, todos brasileiros possuem o direito a atendimentos médicos, garantidos e financiados pelo Poder Público. O SUS apresenta-se como um meio de grande potencial para atingir esse objetivo democrático, necessitando apenas do aprimoramento no cumprimento do que é proposto.