No século XIX, o biólogo Charles Darwin divulgou o livro “A origem das espécies”, que fala sobre a teoria da Seleção Natural, onde os mais adaptados ao ambiente têm vantagens sobre os menos adaptados. A teoria foi usada pelos europeus como justificativa para a prática racista e opressora sobre negros. Eles acreditavam que a raça branca seria superior à negra. O episódio, conhecido como Darwinismo Social, mostra que o racismo é um caso antigo e o Brasil sofre com essa prática desde o período escravocrata. O histórico de escravidão no Brasil e, principalmente, a sua abolição tardia, deixou marcas na história negra brasileira que ainda hoje têm tristes consequências. A discriminação devido à cor de pele é comum e muitas pessoas perdem espaços na sociedade por conta de sua maior quantidade de melanina no DNA. Prova disso são os jovens negros barrados em “shoppings” e outras áreas comuns às classes mais altas, como se vê a todo momento nos noticiários. Muitas conquistas, entretanto, foram alcançadas pela comunidade negra, dentre elas pode-se citar o Dia da Consciência Negra, que revela a luta do povo negro para garantir seu espaço na sociedade e ter suas cultura e história reconhecidas; as cotas raciais, que garantem uma maior inserção do negro no ensino superior e o Estatuto da Igualdade Racial, que prevê o estabelecimento de políticas públicas para a valorização da cultura negra. Embora seja inegável que houve avanços, é inegável que o racismo é um problema atual e preocupante na sociedade brasileira. Quase não há negros ocupando cargos de autoridade e os que conseguiram alguma posição de destaque, recebem, constantemente, críticas e ofensas, como a atriz Taís Araújo, alvo de comentários preconceituosos em suas redes sociais e o goleiro Aranha do grêmio, que ouviu ofensas relacionadas ao seu tom de pele durante uma partida de futebol. Dessa forma, fica evidente que medidas precisam ser tomadas para calar os opressores. Existe uma lei criminalizando o racismo, para seu melhor cumprimento, é necessária a presença de câmeras em lugares públicos, na tentativa de coibir a prática de tal crime. Além disso, a escola pode atuar na disseminação da cultura negra, no incentivo à convivência entre crianças de todas as etnias. A família pode educar as novas gerações de forma a crescerem sabendo respeitar. Isso, somado a uma campanha midiática sobre o racismo e uma maior participação negra nos cargos de liderança política do país são grandes passos para se fazer vigorar, enfim, a democracia racial.