Colonizado de forma escravista, o Brasil deixou subjetivamente na sua cultura durante os séculos um pensamento que inferioriza todo aquele que é de origem africana. De maneira que, mesmo com a abolição da escravidão a cultura racista ainda é forte no país. A princípio, é fundamental explicitar que o preconceito tem suas origens na cultura. A qual, assim como diz Rousseau “o homem é bom, mas a sociedade o corrompe”, ou seja, que no caso, o preconceito racial não é algo natural do homem e sim moldado pelo histórico cultural do país. Vale ressaltar também, que o preconceito além de cultural é muitas vezes subjetivo. De modo que muitas vezes é tão alienador que se expressa entre pessoas de mesma etnia. Tal como no filme “Django Livre”, em que um personagem afrodescendente diz ter “sangue branco” e por isso ofende outro personagem de mesma etnia racialmente. Portanto, sabendo que o racismo é algo impregnado culturalmente nas pessoas e que toda cultura vem desde os primeiros anos de vida. É fundamental que para tal, em primeiro lugar, as escolas desenvolvam a convivência entre crianças de diferentes etnias e culturas, mesmo que para isso precise da interação entre diferentes escolas a fim de aumentar a diversidade racial, o que pode ser realizado por projetos desenvolvidos pelas secretarias municipais de educação; e em segundo, através da família, se eduque as próximas gerações a terem um pensamento mais igualitário, por meio do estimulo do respeito às diferentes etnias e evitando comentários de “humor” racista, para que assim essa cultura retrograda seja abandonada.