No ano de 1888, foi assinada a Lei Áurea, que tardiamente aboliu a escravidão. Essa lei, todavia, não permitiu a reinserção dos negros na sociedade, mas sim , contribui para a formação do seu estereótipo. Desta forma, a raça negra foi progressivamente sendo marginalizada, e a exclusão social e os casos de violência tornaram-se banais. Defensor da miscigenação do povo brasileiro, Gilberto Freyre, afirma existir uma democratização racial no país. E embora exista uma inter-relação entre esses povos, é perceptível que a exclusão social ainda é evidente. Sendo assim, vê-se que os negros possuem menores oportunidades de estudo e trabalho, além de serem mal remunerados. Fato que levou o governo a adotar o sistema de cotas, que tenta equilibrar as diferenças históricas e sociais. Em 2010, foi criado o Estatuto da Igualdade Racial, e apesar de ter sido uma importante ferramenta contra o racismo, os casos de violência continuaram alarmantes, os números de homicídios foram muito maiores entre os negros. Além dos relatos de violência física, a internet foi palco para as mais polêmicas notícias de violência moral, como os comentários racistas nas redes sociais da atriz global Taís Araújo. É evidente, portanto, que os negros foram por séculos considerados inferiores e incapazes e por isso alvo de preconceito e violência. Desta forma, é necessário que o poder legislativo aprove leis que determinam um salário equitativo entre brancos e negros, além de tornar obrigatório o estudo da cultura afrodescendente nas escolas , para que os jovens convivam com a integração das raças e propiciem a formação da democracia racial de Freyre.