Título da redação:

Como nos tempos da casa grande

Tema de redação: A Persistência do racismo na sociedade brasileira contemporânea

Redação enviada em 27/05/2016

Segundo Aristóteles, "devemos tratar igualmente os iguais e desigualmente os desiguas na medida de sua desigualdade". A partir desse ensinamento, no entanto, podemos notar que em nosso meio ainda é bem visível a questão e o peso do racismo devido, principalmente, a um defeito cultural e a persitência dele em sociedade. Assim, é importante que algumas medidas sejam tomadas para amenizar tamanha problemática. Em primeiro lugar, devemos analisar o processo de formação e a bagagem adquirida pelo indivíduo. Sem dúvida, em nosso meio, por ainda persistir uma visão elitista em que apenas os brancos tinham privilégios, poder e estatus social, os negros passam a ser despresados e tratados como se ainda fossem herdeiros de um passado escravocrata. Dessa forma, eles continuam sendo alvo de preconceitos e violências e, pior, a nossa sociedade contribui para que esses ideais sejam passado de geração em geração deixando, até hoje, essa ferida aberta e inflamada em nosso meio. Além disso, a própria educação colabora para expandir o racismo em nosso País. Devido a uma maior falta de preparo, seja na escola ou no lar, não existem nenhum mecanismo ou formação adequada dos indivíduos para lidarem com situações que envolvam essas problemáticas. Assim, é pequeno o número de pessoas que estão preparadas, a frente e superadas dessa visão estúpida de pregar o ódio pelo outro devido à cor da pele. É importante ressaltar, ainda, a questão comportamental das pessoas quando envolvem as questões étnicas. Dados do IPEA apontam que a cada três assassinatos em nosso território, dois são negros. Dessa maneira, podemos constatar que, especialmente, essa etnia ainda é vista como ameaça e sua participação em sociedade é considerada um atrazo ou retrocesso, pois os poderosos e egoístas não querem que a força e a luta dos negros superem a importância da casa grande. Então, isso passa a ter grandes reflexos em nosso Estado chegando, até, a comprometer as relações trabalhistas, segregando ocupações e salários, estimulando a grande desigualdade e conflitos entre o indivíduos. Fica evidente, portanto, que a cultura do racismo no Brasil está ligado a um passado que é bem marcante em nosso meio. Para que isso mude e não retroceda, necessitamos do empenho de vários setores sociais. Primeiramente, a escola, como formadora do censo crítico, deve trazer a discussão, de forma mais intensa, para disciplinas como filosofia e sociologia, ou, ainda, através de palestras, auxiliadas por psicólogos e psicopedagogos, com a participação das famílias, a fim de promover o desenvolvimento de cidadãos mais valorosos, preocupados com a causa social e lares mais evoluídos e preparados para discutir e coibir a prática do racismo. Ademais, o poder público pode intensificar as fiscalizações, através de canais de comunicação ( telefones, redes sociais, e-mail's, entre outros.) sobre empresas ou grupos empresariais que hajam de má fé ao priorizar certas etnias. Por fim, a mídia pode incentivar a denúncia do racismo e promover uma maior abertura do seu espaço para discutir essa questão, com a finalidade de conscientizar muito mais a população e combater esse tipo de preconceito. Sendo assim, os ensinamentos de Aristóteles poderão ser vislumbrados e aplicados na prática.