Título da redação:

Cidadãos do passado

Proposta: A Persistência do racismo na sociedade brasileira contemporânea

Redação enviada em 26/05/2016

Séculos já se passaram desde a abolição da escravatura no Brasil, no entanto, o que a constituição promulga, ainda perde espaço na sociedade para o preconceito. Por certo, tal distinção de tratamento, advém de uma transmissão de valores, de indivíduo para indivíduo, e, possui suas raízes fixadas nos tempos do imperialismo no Brasil. Não obstante do conhecimento da origem do sentimento racista, levanta-se a questão – Em pleno século 21, o que estaria mantendo tais padrões de discriminação? Liev Tolstoi, escritor russo, criticava a passagem da bíblia que diz que devemos amar ao próximo como amamos a nós mesmos .De acordo com o escritor, amar ao próximo é uma tarefa fácil, difícil, era amar o diferente, o distante de semelhança. Tal concepção ilustra o porquê da transmissão, entre gerações, do racismo. Infelizmente, o homem ainda acredita que o ódio e a segregação são formas mais cômodas, e, por conseguinte, mais fáceis, de se levar a vida. Por consequência, acaba transmitindo tal ideologia aos seus filhos, e esses, aos seus filhos, eclodindo numa sociedade cerceada por valores e conceitos de séculos passados. Soma-se a isso, a herança de inserção na classe social que os tempos da escravatura marcaram tão firmemente nos afrodescendentes. Sabe-se que, na sociedade brasileira, poucos são os negros que conseguem almejar bons estudos, e, em virtude disso, bons empregos. O fato de vivermos em uma sociedade capitalista, onde quem manda é quem possui o capital, corrobora com a projeção de inferioridade àqueles que não possuem dinheiro. Isso, em conjunto com a herança histórica de opressão aos que não possuem a pele clara, acaba, por inutilizar a prática do que a constituição promulga – todos são iguais perante a lei. - Em síntese, torna-se evidente a necessidade de orientação aos pais e educadores, nas escolas da rede pública e privada, por parte de psicólogos e antropólogos, acerca dos males que o preconceito gera na sociedade. Além disso, o ministério público precisa ser mais rígido na aplicação das penas daqueles que praticarem, ou, incitarem, o racismo, para que a noção de impunidade, que hoje existe sob os racistas, deixe de existir. Indubitavelmente, desde que haja união, diálogo e comprometimento entre todas as esferas da sociedade, em prol da extinção do racismo, a sociedade brasileira poderá sair do século passado rumo a um futuro igualitário e fraterno.