O racismo é enraizado no Brasil, e teve como principal alicerce a escravidão. Atualmente, mesmo com mais de 120 anos da abolição da escravatura e inserção de incentivos de políticas públicas para atingir a igualdade entre raças, a sociedade brasileira ainda é preconceituosa e os negros são os que mais sofrem. Existem iniciativas federais que visam retirar a exclusão racial. Uma delas é a criminalização do racismo, que propõe punições aos que praticarem tal ato. Além disso, a política de cotas para negros busca similar o número de afrodescendentes e brancos nas universidades públicas. Porém, há muitas pessoas contrárias a tal medida, alegando que os negros não têm o mesmo nível educacional, podendo diminuir os méritos da instituição. Todavia, essa argumentação não é viável, pois por conseguirem cursar o ensino superior, os cotistas se esforçam mais. Entretanto, essas ações não são suficientes para erradicar as ofensas que acomete aos negros. Desse modo, o número de jovens afrodescendentes assassinados é muito superior ao dos jovens brancos. Além disso, os próprios policiais, às vezes, cometem erros ao julgar pessoas pela cor de pele em uma abordagem, por exemplo. Outro aspecto é a desigualdade no setor de trabalho, cujos melhores cargos são ocupados por brancos, trazendo pouca perspectiva de ascensão aos de raça negra. Ademais, o pensamento do darwinismo social se encontra presente nos dias atuais, porém adaptado à beleza e inteligência, ou seja, pessoas brancas são mais aceitas pela mídia. Dessa maneira, o padrão do belo é imposto pela sociedade, podendo fazer com que os negros o aceitem e sofram com a frustração. Portanto, é certo que os avanços na política voltada à igualdade racial foram positivos. Mas, é evidente a necessidade de se ampliar e combater ainda mais a desigualdade. Além dos projetos já vigentes, o governo pode se atentar mais para o ensino público, onde a maioria é de negros, melhorando o ensino. Além disso, a mídia como quarto poder, precisa conscientizar as pessoas sobre as várias formas de beleza, e mostrar por meio de campanhas publicitárias, a diversificação e o real valor de cada raça. Além disso, todas as escolas precisam debater a cerca do racismo, mostrando as consequências e lado intolerante do mesmo. Desse modo, o país não vivenciará mais os reflexos do pensamento colonizador.