Título da redação:

Céu em sombras.

Proposta: A Persistência do racismo na sociedade brasileira contemporânea

Redação enviada em 12/05/2016

Em 1432 o navegador português Gil Eanes iniciava o tráfico de escravos para Portugal. Com o tempo, essa prática foi se ramificando em numerosos núcleos sociais. Hoje, a imagem dos negros ainda é desvantajosa no Brasil, sendo vítima de: descriminações, agressões físicas e até homicídios. Quem quiser compreender – e modificar – esse panorama deverá analisar as causas e suas consequências. Só assim será possível perceber a complexidade do fato. Ao fazer análise dessa dessemelhança, busca-se descobrir as causas primárias da situação. Em sua origem, mais do que a simples intolerância racial, está relacionada à postura prepotente e antipática dos racistas. É nesse perfil psicológico e valor destorcido que se formam a base e a raiz profunda dessa veemência. Nessa perspectiva, a descrença e o medo tomam parte desses que são tão humilhados. É preciso frisar, por outro lado, que os agressores não têm princípios de humanidade e muito menos de socialização. De fato, vivem e agem como estivessem no período colonial e criam fundamentos baseados em sua própria mentalidade conturbada: humilhar e agredir, ou seja, desenvolvem comportamento hostil e agressivo contra suas vítimas, percebe-se claramente a violação dos direitos humanos e o desprezo com as leis. Isso talvez explique as banalidades que esses cometem em nome de um suposto “senso comum”. Para agravar as circunstâncias, os dados demonstram aumento das execuções contra os negros. Uma pesquisa realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) que relata: “Entre os anos de 2013 e 2014 houve o crescimento de 8% (oito por cento) dos homicídios nas capitais brasileiras, o que reflete a impetuosidade e a truculência dos assassinos”. Parece filme de ficção no estilo de terror, no entanto trata-se da realidade. Por conseguinte, expõe a total falta de respeito com ser humano. Torna-se evidente, portanto, que as dificuldades enfrentadas pela sociedade afro-descendentes constituem mais uma vertente da banalização da violência. Sua reversão é papel próprio do governo – decisão indiscutível –, seja em criar: leis penais severas e tornar o preconceito racial em crime hediondo, sujeito de três a oito anos de prisão no regime fechado e o desenvolvimento do banco de dados dos agressores residentes. Resta saber se caminharemos para futuro mais igualitário ou retrocederemos para o século XV. Talvez ainda tenhamos escolha.