Título da redação:

Céu em sombras

Tema de redação: A Persistência do racismo na sociedade brasileira contemporânea

Redação enviada em 04/10/2016

Em 1432 o navegador português Gil Eanes iniciava o tráfico de escravos para Portugal. Com o tempo, essa prática foi-se ramificando, com numerosos núcleos sociais. Hoje, a imagem dos negros ainda é desvantajosa na sociedade, sendo vítima de: discriminação, agressão física e homicídio. Quem quiser compreender – e modificar – esse panorama, deverá analisar a indiferença do homem com ele mesmo. Só assim será possível perceber a complexidade do fato. Ao fazer a análise dessa dessemelhança, busca-se descobrir as causas primárias da situação. Na sua origem, mais do que a simples intolerância racial, está relacionado o sintoma de algo muito grave: o ódio, ou seja, indivíduos que alimentam o sentimento depreciativo contra os negros, criando uma atmosfera psicológica e conturbada dos valores. É nesse perfil anímico que se formam a base do rancor e a raiz da indiferença dessa veemência. Nessa perspectiva, a crueldade e apatia tomassem partes primitivas da essência dos racistas. É preciso frisar, por outro lado, que os agressores não têm princípios de humanidade e muito menos de socialização. De fato, vivem e agem como estivessem no período colonial e criam fundamentos baseados em sua própria mentalidade abalada: humilhar e agredir, ou seja, desenvolvem comportamento hostil e agressivo contra suas vítimas, percebe-se claramente a violação dos direitos humanos e o desprezo com as leis. Isso explica as perversidades que esses cometem em nome de um suposto sentimento “obscuro e cruel”. Para agravar as circunstâncias, os dados estatísticos demonstram o crescimento do homicídio. Uma pesquisa realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) que relata: “Entre os anos de 2012 e 2015 houve o aumento de 8% (oito por cento) do homicídio contra os negros nas capitais brasileiras, o que reflete a impetuosidade e a truculência dos assassinos”. Parece filme de ficção no estilo de terror, no entanto trata-se da realidade. Por conseguinte, expõe a violação dos direitos constitucionais dos cidadãos brasileiros. Torna-se evidente, portanto, que as dificuldades enfrentadas pela sociedade afro-descendentes constituem mais uma vertente da banalização da violência. Para reverter tal quadro, é necessário o trabalho em conjuntos dos governos ferais, estatuais e municipais –decisão indiscutível –, sejam em promover educação das diversidades étnicas nas escolas, para tornar os jovens em cidadãos mais críticos e incorporar o bom senso e o respeito com os negros, portanto solidificando a consciência do papel desses na sociedade e a criação de leis penais severas contra o preconceito racial e assistência psicológica as vítimas e aderir em parcerias com as mídias para difundir a cultura, valores e os direitos constitucionais dos cidadãos brasileiros, sendo assim, propagando o conhecimento necessário para construção de um país justo e igualitário. Resta saber se a sociedade irá caminhar para o futuro mais democrático ou retroceder para o século XV. Afinal, a educação é a base e o princípio da cidadania.