Ao ouvir o termo racismo a primeira ideia a vir a mente é a desvantagem no negro relação ao branco. Entretanto, esta desigualdade é mais abrangente, pois se trata de qualquer preconceito relacionado a quaisquer etnias ou grupos dentro da sociedade. Há quem se atenha ao racismo a afro- descendentes, mas essa injúria se apresenta de diversas formas em nossa sociedade. Os nordestinos foram alvo de discursos de ódio após a vitória de Dilma Rousseff nas eleições presidenciais de 2014 e posteriormente rotulados de ignorantes. Ora, a cadeira de número 32 da gloriosa Academia Brasileira de Letras não fora ocupada por um nordestino, Ariano Suassuna? A desigualdade racial é por vezes implícita e se encontra no dia-a-dia até mesmo de pessoas que garantem não ser preconceituosas. Um exemplo é a adoção de crianças. O perfil mais desejado é de bebês, com até dois anos, de etnia branca. Estima-se que uma criança negra demore até quatro vezes mais tempo para ser adotada. Fica evidente, portanto, que quando ao assunto é o racismo em nossa sociedade o preconceito não é uniforme, antes, atinge a vários grupos e geralmente está oculto. Uma maneira de promover a igualdade seria o governo prover subsídios a filmes nos quais os protagonistas pertencessem a grupos menos favorecidos, além de campanhas midiáticas e nas escolas que apresentassem a pluralidade étnica e cultural do nosso país.