O Brasil permanece atado às amarras de um passado escravocrata, tendo em vista o alto nível de preconceito e racismo na contemporaneidade. Porém, no século XXI, tais atos são considerados crime e por isso ocorrem de forma implícita, ou seja, camuflados em meio à sociedade. De fato, o branco da modernidade não é culpado pelo racismo do passado, mas, ainda sim, vive os privilégios de um legado cruel. Desta forma, nota-se que a segregação social presenciada no século anterior deixou marcas na sociedade moderna, principalmente, ao observar o desfalque na remuneração salarial, opressão cultural e acessibilidade à educação oferecida à maioria oprimida. Em meio às analogias, é possível inferir que as senzalas de um passado distante foram substituídas pelas indústrias contemporâneas, as quais exploram seus funcionários -de maioria negra e mestiça- por baixíssimos salários. Por conseguinte, pela falta de acesso e oportunidades, o povo à margem da sociedade fica à mercê de uma minoria opressora e muitos desses marginais recorrem à criminalidade. Tal fato é comprovado ao flagrar a população carcerária, comporta predominantemente por negros e, por outro lado, observa-se as faculdades onde sua maioria é composta por brancos. A hereditariedade do preconceito, portanto, permanece constante na sociedade brasileira. Torna-se imprescindível então que o governo do Estado providencie medidas de integração social assim como a inclusão de escolas de qualidade nas periferias, acesso à cultura de origem e informação histórica. Ademais, faz-se necessário, também, a conscientização por partes midiáticas de respeito mútuo e que deve-se respeitar o próximo. Diante disso, obter-se-ia uma sociedade igualitária, justa e humana.