Estudo publicado pelo IBGE mostra que 54% da população do país é representada por negros, ainda assim é possível perceber a tenacidade dos casos de racismo no Brasil. Isso se evidencia não apenas pelo contexto histórico vivido por essa parcela da sociedade, mas também pelas diversas formas de atos racistas que se arrastam por gerações. Não são necessários estudos aprofundados para perceber a segregação racial nos diversos setores da sociedade, basta uma simples olhada ao redor para verificar quem é a maioria, entre brancos e negros, nos cargos de diretoria, na política, nas universidades, nos presídios. Essa desigualdade já perdura há séculos, mesmo após a abolição da escravatura, em maio de 1888, já que os escravos, agora livres, não tinham acesso à educação, profissionalização ou patrimônios, um problema social que não foi resolvido plenamente até os dias de hoje. Martin Luther King Jr. disse : “Eu tenho um sonho de ver meus filhos julgados por sua personalidade, não pela sua cor de pele”. É possível afirmar, dessa forma, que o racismo não é um problema vivenciado somente no Brasil, mas também por países desenvolvidos como o EUA e que vai muito além das ofensas e xingamentos, ele está presente de várias formas, no humor, em piadas e apresentações de stand up ; em seleções de empregos; ou mesmo pela simples desconfiança preconceituosa. A sociedade deve, portanto, desconstruir as bases racistas do seu meio, de forma ampla, utilizando, para isso, ferramentas como as redes sociais, viralizando textos, vídeos e imagens de repúdio ao racismo, já o Estado, através do Ministério da Educação, em conjunto com as Secretarias Estaduais e Municipais, regulamentar palestras e debates nas escolas e universidades, bem como, a ampliação das leis que agravam as penas do crime de racismo.