Título da redação:

As múltiplas facetas do racismo.

Proposta: A Persistência do racismo na sociedade brasileira contemporânea

Redação enviada em 10/05/2016

Próximo de completar 128 anos da lei “Aurea”, atualmente, o Brasil vive um paradoxo impregnado na sua cultura. Apesar de 60% da população considerar – se mestiça de acordo com o IBGE, a triste realidade da ignorância e persistência da descriminação racial ainda permeia através de brincadeiras, piadas, como também, extrapola para ofensas e desigualdades trabalhistas. Durante séculos, os negros foram vistos como castigo de Deus resultando na sua subordinação em relação a outras raças, mas apesar da abolição o que se permeia na contemporaneidade, culturalmente, são as famosas piadas e brincadeiras infantis e preconceituosas. “Galinha preta”, ”macaco”, “preto safado”, entre outros, são palavras ditas com frequência e normalidade durante o crescimento de uma criança do país. Com o acesso da internet para uma boa parte dos brasileiros e falta de legislação criminal especifica para o mesmo, esse péssimo legado cultural brasileiro que ainda persiste e tem- se disseminado exorbitantemente nos últimos anos. Do anonimato a atores como Sharon Menezes e Lázaro Ramos, sofrem ofensas constantes em redes sociais, tendo suas vidas ridicularizadas e muitas vezes chegando a mortes, devido a atitudes preconceituosas que se tornam “normais”. O racismo chega ao seu ápice e cega diante do povo, ao analisar os tipos de cargos (funções) e salários em geral no mercado de trabalho. Segundo o site “w.w.w. exame.abril.com.br, noticias entre graduados, “brancos ganham 47% a mais que negros”. Quando a escolaridade é menor percebe-se que a discrepância é maior entre salários e cargos ocupados. Nas últimas décadas, as três esferas de governos vêm tentando reverter este legado negativo, através de criação de leis, diversificando o acesso ao emprego, políticas de cotas educacionais, porém, para acabar com o racismo deve ser feito uma desconstrução cultural em geral da população, através de palestras educacionais, coibir de maneira educativa as brincadeiras e credos racistas para que não as torne “normais”, cobrar mais espaços sobre a cultura negra. Para tais, devemos começar por uma reeducação familiar partindo dos pais em parcerias com escolas de bairros, centros comunitários, em seguida em esferas municipais e assim por diante, havendo sempre uma fiscalização por todos os brasileiros e órgãos governamentais, para que um dia todos realmente sejam iguais.