Primeiramente, cabe definir o que vem a ser considerado racismo, uma vez que, geralmente, seu conceito é atrelado apenas à questão racial. Todavia, este deve ser vislumbrado como uma forma de discriminação e preconceito no que tange os mais diversos aspectos de uma sociedade, tais como etnia, religião, classe social, entre outros, Na história recente, tem-se o racismo como força motriz de diversas atrocidades cometidas contra as sociedades, como, por exemplo, o holocausto na Segunda Guerra Mundial e a política de segregação racial, o apartheid, adotada pelos Estados Unidas e pela África do Sul no século XX. A Organização das Nações Unidas, por meio da declaração dos Direitos Humanos, condena veementemente qualquer forma de discriminação praticada contra os indivíduos em qualquer lugar do mundo. No Brasil, a constituição cidadã de1988 tornou a prática de racismo crime inafiançavel, imprescritível e sujeito à pena de prisão. Contudo, a sociedade brasileira ainda é marcada por atos racistas e discriminatórios, visto que as consequências da desumanização dos negros, dos mestiços e das classes sociais mais baixas ainda perduram no que tange à forma de pensar e de agir dos brasileiros. Em suma, cabe ao Estado e a comunidade modificar o modo de se comportar perante ao que lhe é diferente, posto que o preconceito e o racismo, muitas das vezes, advém do desconhecimento das diferenças existentes e da aceitação dessas. O Estado, por meio do Ministério da Educação, deve prover uma educação multiculturalista, ou seja, deve-se apresentar e integrar os estudantes as diferenças culturais e étnicas presentes na sociedade e no ambiente escolar. Por fim, cabe a comunidade e as famílias conscientizarem os indivíduos sobre a aceitação das diferenças, ressaltando, que elas sempre existirão e são fundamentais para o desenvolvimento da nação.