O filme “Adivinhe quem vem para jantar” conta a história de John, um renomado médico negro que se apaixona por uma mulher branca e ao ser apresentado aos pais dela é tratado de forma preconceituosa. Fora das telas, a discriminação racial continua sendo uma realidade no Brasil, onde pessoas sofrem diariamente por serem consideradas inferiores devido à sua raça, tornando necessária a tomada de novas medidas que resolvam definitivamente a questão. Ainda que mais da metade dos brasileiros são pardos ou negros, segundo dados do IBGE brancos ganham, em média, 40% a mais do que esses com a mesma escolaridade. Ademais, dos homicídios ocorridos no Brasil, pelo menos 71,4% das vítimas são negras. Tais dados confirmam a banalização do preconceito racial no Brasil; que ofende a vítima e evidencia a desigualdade de raça existe no país. Entretanto, muitos problemas dificultam a resolução do impasse. Apesar de o racismo ser crime, muitas das vítimas não denunciam seu agressor, por medo de terem suas identidades reveladas ou por ameaça do malfeitor. Além disso, mesmo com o crescimento da presença dos negros no mercado de trabalho, estes trabalham em condições mais precárias e recebem menores remunerações. Portanto, medidas são necessárias para resolver o impasse. A Polícia Civil deve criar uma ouvidoria pública online para receber denúncias anônimas de agressões por conta da intolerância racial, investigando as alegações e punindo os agressores de acordo com a lei. De acordo, com o filósofo Immanuel Kant, o ser humano é aquilo que a educação faz dele. Assim sendo, o Ministério da Educação deve instituir nas escolas públicas e privadas, palestras ministradas por professores e psicólogos, que discutam o combate a esse desdém ainda existente e divulguem formas de denunciar tais abusos, com o fito de conscientizar as futuras gerações e impedir futuros crimes.