Apesar da grande miscigenação étnica, a sociedade brasileira ainda apresenta problemas para aceitar sua própria diversidade. Por questões históricas, a parcela afrodescendente tem sido o maior alvo de ataques racistas, o que muitas vezes é acobertado por aspectos da sociedade contemporânea. Por mais de trezentos anos, a mão de obra reinante do Brasil colônia e império foi a escrava negra. Vistos como animais, os escravos eram trazidos da África, muitas vezes como prisioneiros de guerra. Ainda assim, a cultura e a genética africanas foram capazes de incorporar-se ao Brasil como um todo. Entretanto, por suas raízes, os negros continuaram sendo vistos como inferiores e excluídos socialmente. Na atualidade, não há como negar que o preconceito racial explícito tem diminuído consideravelmente. Porém, com a tecnologia a seu favor, muitas vezes, alguns usam a internet para distribuir, desnecessariamente, ofensas racistas e xenofóbicas, usando o anonimato e a liberdade de expressão como escudo, o que tem mostrado como o racismo ainda persiste no Brasil. A justiça tem feito um bom trabalho para evitar e punir as práticas racistas, porém continua tendo um longo caminho a percorrer já que ainda não possui uma legislação eficiente para os crimes virtuais, tão recorrentes na sociedade contemporânea. Dessa forma, para extinguir de vez o racismo no Brasil, é necessário - além de tudo - mais patriotismo e mais senso de unidade no povo. Os brasileiros carecem da noção de que a diversidade e a miscigenação são os aspectos mais reverentes de sua cultura.