O Brasil possui uma cultura grandiosa e diversificada onde diversas etnias misturaram-se e formaram o país do futebol – o qual tem um negro como principal representante – e da feijoada – também relacionada com a cultura afrodescendente. Apesar de tanta representatividade, esta não é devidamente valorizada atualmente. Infelizmente, a sociedade brasileira vive um período de cegueira, na qual o racismo permeia em pleno século XXI mesmo com tantas maneiras de obter-se informação. O “Rei do futebol”, Pelé, é conhecido mundialmente por seu talento com os pés; é respeitado e representa, para muitos brasileiros, um símbolo da identidade nacional. A feijoada é conhecida mundialmente por ser um prato típico brasileiro, criada por escravos no século XVII com restos de carne de porco que os senhores de engenho descartavam. Ambos possuem uma coisa em comum: vêm da cultura negra. Sendo assim, o respeito e a admiração à esta deveriam ser grandes, imensos e gigantescos, como uma gradação; mas que infelizmente são utópicos quando se veem barrados pelo racismo. Tal forma de preconceito é um crime bastante comum na sociedade brasileira atual, o que parece absurdo, levando em conta que pouco mais da metade dos nativos são negros. Apesar disto, parte da população insiste em desmerecer e excluir essa grande parcela apenas pela etnia, o que enovela-se em uma hipocrisia na qual o branco utiliza-se de representatividades nacionalistas de origem negra mas não a valoriza da forma que deveria. Ademais, com o progressivo aumento da inserção digital no país, tais pensamentos obsoletos deveriam degradar-se a fim de construir-se uma sociedade mais justa e igualitária. Diante disso, é necessário que algumas medidas sejam tomadas a fim de resolver problemas de desvalorização social e racismo no Brasil. Para isso, é preciso criar movimentos culturais em escolas, empresas e universidades com a intenção de mostrar a importância da cultura negra e a necessidade de respeitar seus representantes. Além disso, cabe ao governo incluir na pauta escolar a história africana e investir a disseminação do preconceito nas redes sociais. Dessa forma, a hipocrisia branca, relacionada à representatividade negra, presente no país será disseminada de forma pacífica e educadora.