Título da redação:

A igualdade como uma construção social

Proposta: A Persistência do racismo na sociedade brasileira contemporânea

Redação enviada em 10/08/2016

A persistência do racismo no Brasil está intrinsecamente ligada ao fator histórico-cultural que induz, inconscientemente, a desigualdade social e a cultura do racismo no país. Essa realidade é ilustrada no descaso político dessa violência, que mesmo 128 anos depois do fim da escravidão ainda traz consigo a intolerância e o etnocentrismo arcaico no cotidiano nacional. Nesse sentido, de acordo com a teórica política alemã Hannah Arendt, a pluralidade faz parte da condição humana. Para ela não nascemos iguais, mas nos tornamos iguais. Diante disso, a igualdade seria, portanto, uma construção social. Através dessa análise percebe-se a desarmonia social que vivenciamos, em que pessoas sofrem preconceito simplesmente por sua etnia ou por sua condição social. Exemplo disto, é o caso da apresentadora do tempo no Jornal Nacional, Maria Júlia Coutinho, popularmente conhecida como Maju, que foi hostilizada nas redes sociais com comentários racistas. Além disso, a negligência política e a visão etnocêntrica estimulam a cultura do racismo no país, inibindo a busca por isonomia. Segundo o art. 4º Constituição Federal Brasileira, cabe aos cidadãos os direitos da promoção do seu bem-estar social, sem preconceitos de origem, etnia, sexo ou idade e quaisquer outras formas de discriminação, direitos que, na maioria das vezes, não são respeitados. Observa-se na realidade uma sociedade elitista, em que poucos tem oportunidades, um bom exemplo é o fato da baixa representatividade do negro no mercado trabalho, em que geralmente não conseguem ocupar cargos de liderança e apresentam salários baixos. Destarte, é possível afirmar que a desigualdade social e a cultura do racismo levam a fomentar a sua persistência na sociedade brasileira. Portanto cabe ao Ministério da Educação investir em políticas, que tragam a escola palestras e mesas redondas com psicólogos destacando a temática do racismo, para que dessa forma seja possível mostrar as consequências dessa segregação social. Ademais, cabe a população como um todo, corroborar para a reconstrução da identidade cultural do país e buscar a representatividade do povo afrodescendente através de manifestos sociais, tanto na internet como nas ruas e dessa forma lutar pelo fim do preconceito.