O racismo sempre esteve presente na vida do povo brasileiro, que passou por alguns processos para ser moldado, principalmente pelo colonizador e pelas mídias sociais. Com base nisso, a persistência do racismo na sociedade brasileira tem como premissas fatores históricos e culturais. A prática do racismo no Brasil tem raízes históricas que perduram ate os dias atuais. Desde que a Europa no período das Grandes Navegações, impôs sua cultura, desprezando as já existentes, ocasionou um pré-conceito para com pessoas diferentes fenotipicamente, socialmente e culturalmente. Por manter uma posição excludente, os europeus numa condição de exploradores ditaram o perfil do que seria um "homem civilizado”. Dessa forma, fica evidente que os impactos, infelizmente, reverberam até os dias de hoje, trazendo sofrimento para muitas pessoas, principalmente no Brasil, um país multicultural e de várias raças. Associado às causas histórias, a cultura de uma sociedade influencia nas relações humanas ditando algumas regras, inclusive a da cor de pele “ideal”. Embora a população brasileira seja miscigenada, o preconceito, amiúde, surge dos próprios brasileiros, de maneira simbólica, ele é introduzido por meio do entretenimento que mostram pessoas brancas, com fenótipos característicos de europeus, seja nos brinquedos ou na mídia como um todo, trazendo à tona o “padrão perfeito” de um indivíduo. Assim, infere-se que o negro sofre preconceito de várias maneiras, principalmente as “veladas” e que a violência do racismo está presente de uma forma viva na sociedade brasileira. Portanto, o racismo ainda persiste na população brasileira por fatores que são formadores de identidade de uma nação. Posto isso, é preciso que os movimentos negros emerjam com bastante força, tendo espaço na mídia nacional para disseminar os ideais de igualdade e para que haja formação de identidade das pessoas a partir da representatividade. O Estado além de criar leis que obriguem o ensino da cultura Afro-brasileira e a importância dela nas escolas, precisa agir em concomitância com a televisão aberta para que a população sinta-se representada vendo pessoas de várias cores e raças, e construam sua identidade, evitando o preconceito, exercendo a cidadania, pois não há outra forma de ser cidadão que não seja através da educação ideológica e política.