O Brasil foi o último país do continente americano a acabar com a escravidão. Esse acontecimento foi marcado no ano de 1888, quando a Princesa Isabel assinou a Lei Áurea, que decretava o fim da atividade escrava na, até então, América Portuguesa. No entanto, a ausência de um projeto de transição da condição de cativo para negro liberto o inseriu ainda mais na situação marginalizada em que viviam. Os reflexos seguem até os dias de hoje. Não há dúvidas de que o Brasil é um dos países que mais comporta negros africanos em seu território. Desde a época colonial, eles eram trazidos para trabalharem de forma sub humana, sendo submetidos aos piores tipos de tratamento. Foram anos de luta por liberdade e, ainda hoje, a população negra sofre com o preconceito e a falta de respeito com as suas tradições. Mesmo sendo disseminada a ideia de uma democracia racial no país por consequência da pluriculturalidade, vê-se que esse ainda é um temo com realidade em construção. A prova disso está nas muitas ações discriminatórias, no olhar segregador, na exclusão de oportunidades e na descrença do negro como ser digno e igual a todos. Ainda que existam mecanismos que ajam a favor de uma igualdade entre brancos e negros, é visível como a hierarquização social os separa, colocando-os em um patamar de inferioridade que não deveria existir. Mesmo com as ações afirmativas em vigor, infelizmente, os negros ainda são minoria em universidades públicas, empregos bem qualificados e posições de melhor prestígio social. Portanto, fica evidente a necessidade de mecanismos que mudem essa realidade. Segundo Pitágoras, é necessário que se eduquem as crianças para que não seja necessário castigar o homem. Logo, é importante que hajam programas educacionais implantados pelo Ministério da Educação que visem a inserção da cultura negra como matéria obrigatória nas escolas. Além disso, campanhas midiáticas podem mobilizar a população para denúncias de casos de racismo, trazendo cada vez mais a conscientização e igualdade.