Hodiernamente, as questões relacionadas às práticas racistas têm ficado mais constantes no Brasil. Um caso que gerou muita repercussão foi o da atriz Taís Araújo, vítima de atos preconceituosos após ter postado uma foto em rede social, mostrando seus cachos e evidenciando sua descendência africana. Esse evento foi só um exemplo do que acontecem todos os dias com os negros, manifestando que esses atos persistem, principalmente, por ter fatores históricos e estruturais. Baseando-se nos ideais do antropólogo Darcy Ribeiro, a questão da violência racial no Brasil tem relação direta com um pensamento dominante, vindo de uma elite branca e europeia ao longo da formação da sociedade brasileira. Dessa forma, as práticas de agressão e exclusão dos negros foram se enraizando no país, que, consequentemente, levou à intensa dificuldade de inibir esses atos na idade contemporânea. Além disso, a abolição da escravidão garantiu somente a liberdade dos negros, que continuariam coibidos de quaisquer direitos dados aos outros cidadãos. Notam-se esses aspectos nas restrições que os afrodescendentes tiveram em melhorarem de vida, habitando zonas precárias e praticando delitos para sua própria sobrevivência. Em decorrência disso, formou-se o estereótipo de que todos os negros eram marginais, acarretando em uma discriminação ainda maior, que inibe a maioria de exercerem cargos importantes e do acesso a uma vida próspera, como mostra os dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas) em que, aproximadamente, dos dezesseis milhões de brasileiros que vivem em situação de extrema pobreza, 71% deles são negros ou pardos. Portanto, em razão dos fatos mencionados, é necessário que o Poder Legislativo proporcione mais segurança à população negra, exigindo medidas de punição mais rígidas aos atos discriminatórios, como sentenças de prisão mais longas e meios de educação aos aprisionados sobre o entendimento racial. Ademais, é fundamental que o Governo Estadual exija de todos os órgãos públicos maiores espaços para a inclusão dos negros, seja no âmbito educacional, de emprego ou lazer. Além disso, é imprescindível que o Ministério da Educação em parceria com as mídias, crie programas escolares e campanhas de forma a conscientizar as crianças e todas as pessoas do quão prejudicial é o preconceito.