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Redação sem título.

Proposta: ENEM 2015 - A persistência da violência contra a mulher na sociedade brasileira

Redação enviada em 20/10/2018

Segundo a tese do filósofo inglês John Locke, é dever primordial do Estado garantir os direitos dos cidadãos, dentre esses o de segurança. Porém, a persistência da violência contra as mulheres rompe com esse pensamento. Por certo, esse ato horrendo é fruto de uma sociedade ainda machista que as tratam de forma submissa, sendo necessário analisar essa situação. Certamente, as mulheres são alvos de um ambiente que as consideram inferiores desde muito tempo. Por exemplo, um direito importantíssimo como de votar só foi concedido a elas em 1934, na Era Vargas, 45 anos após a instauração da república no Brasil. Logo, fica claro como elas são vistas de forma inferior e submissa, o que faz alguns homens se sentirem donos de suas vidas, violentando-as quando acham pertinente, o que evidencia uma situação alarmante a ser alterada. Ademais, o fato de que muitas mulheres não denunciam as agressões recebidas agrava esse cenário. Evidentemente, a criação da Lei Maria da Penha ajudou a combater a violência feminina, dado que, mais de 300 mil processos foram instaurados nos órgãos responsáveis segundo o Conselho Nacional de Justiça. Conquanto, muitas vítimas persistem em não denunciar as agressões por medo e insegurança, ou até mesmo por falta de centros de denúncia próximos, o que tem que ser alterado. A persistência da violência contra a mulher, portanto, é decorrida de uma sociedade que persiste em se configurar de forma machista, logo medidas são necessárias para solucionar o empecilho. A Escola, por meio da realização de aulas e palestras especializadas no assunto, deve promover o ensino de equidade de gêneros a sociedade civil, visando combater o machismo intrínseco as pessoas desde muito cedo, com isso será evitada a formação de agressores em potencial. Além disso, cabe ao Ministério da Justiça, por intermédio de campanhas midiáticas, incentivar a denúncia de casos de violência contra a mulher e instituir mais delegacias e varas especializadas em violência feminina, diminuindo assim o número de mulheres que não delatam as agressões.