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Redação sem título.

Proposta: ENEM 2015 - A persistência da violência contra a mulher na sociedade brasileira

Redação enviada em 01/03/2016

Violência física e psicológica, cárcere privado, torturas, violência psicológica, medo e até mortes; fatos que se assemelham à Ditadura militar de 1964 são lutas diárias vividas por muitas brasileiras. A criação de leis exclusivas à violência contra a mulher – como lei Maria da penha e feminicídio – fez com que a situação ganhasse maior visualização, porém esse tipo de violência ainda é comum devido à cultura de uma sociedade patriarcal. Em uma sociedade em que há supremacia dos homens nas relações sociais, a violência contra a mulher torna-se algo comum e a população pouco denuncia. Além disso, o sexo feminino, ainda jovem, é reprimido e recebe palmadas do pai; ao tornar-se mulher, enxerga isso como normal e continua sendo violentada – agora pelo marido ciumento. Ademais, poucas vezes os mais jovens são ensinados de que tal situação é errada. É como se estivéssemos vivendo no estado de natureza de Hobbes, em que o sofrimento do outro é ignorado e apenas o próprio problema é importante. Paralelo a isso existe a insegurança e o medo da denúncia e, por muitas vezes, o outrora considerado sexo frágil depender do agressor – que na maioria dos casos é seu pai ou companheiro. Devido a isso, o psicológico da mulher é afetado, ela tem vergonha de sua situação e temor de sofrer mais, então evita expor-se e compartilhar isso com terceiros. Todo esse sofrimento fere a Constituição Federal de 1988 que garante no artigo 6, entre outros direitos, a segurança. É visto, portanto, que existem dois componentes perversos da violência contra a mulher: o medo e o patriarcalismo. Já dito por Pitágoras, “educai as crianças e não será necessário punir os adultos”, é importante que seja desconstruída essa cultura de violência. Cabe à família ensinar aos filhos a igualdade de gênero e que todo tipo de violência é errado. Cabe à mídia, juntamente com famosos, o cumprimento do papel social lançando campanhas que incentivem a denúncia de tais casos. Assim, essa tradição de violência contra as mulheres deixará de ser transmitida.