Na canção: Mulheres de Atenas, interpretada por grandes nomes da música brasileira, pode-se identificar a presença da militância secular feminina em seu contexto social, bem como a resistência à opressão do machismo. Nesse contexto, a violência contra a mulher pela sua condição de sê-la é injustificável e negligente aos direitos humanos. Partindo dessa perspectiva, é crucial ressaltar a visão de Durkheim, sociólogo cujas reflexões inferem que o crime é um fato social, portanto, útil na formação da moral e do direito, mas não como normal, tampouco aceitável. Dito isso é possível citar o ato criminal ocorrido na primeira quinzena de setembro de 2015 em São Vicente, interior de São Paulo, onde uma mulher foi assassinada por uma suposta traição meramente virtual. Contudo, sua morte, a qual é considerada juridicamente como feminicídio, foi julgada como homicídio comum, invalidando, assim toda luta feminina e suas leis protecionistas. Visto que somos inseridos numa sociedade majoritariamente patriarcal, campanhas de cunho feminista têm tomado as ruas e as redes sociais em luta por uma massa mais justa, inclusiva, e contra as práticas violentas, as quais Frida Kahlo e Simone Beauvoir citam como inadmissíveis. Entretanto, mesmo com a resistência do sexo feminino, os conflitos de gênero oprimem, sem quase nenhuma intervenção governamental, esta, necessária para o controle da repressão a qual mulheres são submetidas anualmente. Em suma, se faz necessária a presença de mais leis protecionistas, visando coibir a negligência dos direitos humanos em referencia a esse crime. Ademais, é de responsabilidade da escola e dos pais, guiar a formação do caráter do indivíduo, onde o respeito seja atribuído ao cotidiano dos brasileirinhos. Urge, portanto, diminuir as distâncias entre o que se diz e o que se faz, frase do educador Paulo Freire em referência aos impasses sociais.