É notório que a sociedade brasileira tem, historicamente, altos índices de violência contra a mulher. Entre tantos motivos relevantes, pode-se destacar a influência da violência na sociedade como um todo e a falta de educação de base sofrida pela população. Sabe-se que o nível de violência no país é alto. Com isso, a violência contra a mulher se torna apenas mais uma estatística alarmante dentro de um problema maior. Por exemplo, semanalmente, vê-se nos jornais e na televisão casos de assaltos, mortes e crimes hediondos, o que faz a violência doméstica contra a mulher se tornar um crime relativamente pequeno para a sociedade. Dessa forma, esse tipo de violência se banalizou e o número de casos aumentou consideravelmente. Aliado a isso, é consenso que a educação pública no país é insatisfatória. Esse fato é relevante em duas frentes: a primeira é, pois, se bem educados e conscientizados nas escolas, os homens, desde cedo, aprenderiam a respeitar mais as mulheres; com uma educação pública de qualidade, o nível de pobreza tenderia a diminuir e, naturalmente, a violência na sociedade seguiria pelo mesmo caminho. Logo, está tudo interligado, é tudo um ciclo. Percebe-se, portanto, que amenizar o problema da violência contra a mulher é desafiador. Em vista disso, é mister que o governo pense de forma mais preventiva do que repressiva, ou seja, invista mais em educação de base e programas de conscientização da população, do que em ações puramente repressivas, que são importantes, porém não podem ser o único foco.