As mulheres residentes da cidade-estato grega Atenas ficaram conhecidas na história, e na música, como canta Chico Buarque, como vítimas de violência física e moral constante. Apesar de a sociedade brasileira atual não ser estruturada como a polis em questão, muitas mulheres passam por agressões semelhantes. Mesmo com a existência de leis punitivas, o Brasil convive com a persistência da violência contra a mulher, porque em muitas áreas ela é vista como inferior, apesar da Constituição Federal de 1988 ter equiparado homens e mulheres, muitas ainda recebem menos que eles na prática das mesmas funções, por exemplo. A mídia também é responsável por inferiorizar a mulher: ou ela é retratada como alguém que aguarda um casamento ou como objeto sexual, salvo exceções. Além dos casos de inferiorização, outro motivo que dificulta o fim dessa violência é o fato de muitas mulheres sofrerem abusos sem perceber. Esse tipo de agressão é conhecida como psicológica, sendo feita de forma gradual, através de palavras. Essa demora para reconhecer a violência deixa o agressor mais confiante e perigoso, além de dificultar o trabalho da polícia que só pode agir mediante denúncia ou flagrante. Para que as mulheres brasileiras não tenham mais essa realidade comum às atenienses, deve-se por meio de fiscalizações feitas pela Justiça do Trabalho, buscar-se a igualdade salarial. Além disso, os programas televisivos que retratem a mulher de forma digna devem receber subsídios do Ministério da Cultura. Sem falar para a necessidade de alertar a sociedade sobre as várias formas de agressão, o que pode ser feito por rádio e TV.