A constituição de 1932 garantiu o direito de voto às mulheres e a Lei Maria da Penha, no início do século XXI, representou uma conquista no combate a violência. No entanto, embora se tenha avançado nas legislações, muitas mulheres ainda sofrem agressões em nosso país, tanto física quanto psicológica. Dessa forma, é essencial erradicar esses tipos de violências. É necessário, primeiramente, entender como as mulheres foram vistas ao longo da história do Brasil. Nos mais de 300 anos de Brasil Colonial, elas muitas vezes eram espancadas pelos próprios maridos, uma vez que essa era uma sociedade patriarcal e a função da mulher era procriar e cuidar da casa. Entretanto, apesar de vários avanços, como a inserção cada vez maior da mulher no mercado de trabalho, como aponta os dados do Instituto Brasileiro de Geografia Estatística (IBGE), essa violência cresceu de forma exponencial na virada do século, como aponta o Mapa da Violência divulgado em 2012, no qual houve um aumento de 230%. Além disso, não menos catastrófica, a violência psicológica aparece em segundo lugar em relação ao tipo de violência mais praticada contra as mulheres no Brasil. Fatos recentes, como os divulgados pelo programa Fantástico, no qual policiais e tenentes pressionavam as mulheres – companheiras de trabalho – a terem relacionamentos com eles e, caso contrário, poderiam ser demitidas e perder o emprego, são evidencias dessas ações agressivas em nossa sociedade. Fica claro, portanto, que apesar dos avanços nas legislações, como a criação da Lei Maria da Penha, a violência contra a mulher ainda está presente na sociedade brasileira. Dessa forma, é imprescindível que o governo, em especial os juizados e varas especializados, por meio de fiscalização e punição severa aos desobedientes elimine esses tipos de violência. Além disso, é importante que a mídia, com o auxílio de ONGs por intermédio de campanhas e denúncias, incentive o fim dessas ações agressoras. Ademais, a escola, mediante palestras ou durante aulas de sociologia, de filosofia, entre outras disciplinas, promova uma discussão desse tema, uma vez que segundo Pitágoras, educando as crianças não precisaremos punir os adultos.