É historicamente comprovado que as mulheres sofrem agressões físicas e morais graças a uma sociedade déspota que a resume aos simples papéis de mãe, esposa e serviçal. A persistência dessas agressões ocorre devido à sensação de impunidade motivada pelas inúmeras e eficazes, mas não tão suficientes, medidas de intervenção. Assim, presas psicologicamente por seus companheiros, filhos ou pais, as brasileiras são submetidas em muitas das vezes, ao medo da denúncia, subjugação ao agressor e à sujeição à esperança de que sua situação mude, mesmo que ela própria não possa fazer nada. Como exemplo da herança sócio-histórica tem se o pensamento de Aristóteles, influenciador das filosofias ocidental, judaica, islâmica e cristã, que afirma que a mulher é apenas um terreno que recebe e conserva a semente, enquanto o homem é o semeador, ficando com a parte mais importante e ativa. Quanto a isso, o estudioso está bastante enganado, pois o sexo feminino prova ser, cada vez mais, terreno, semente e semeador de seu próprio sucesso,quando condicionado às oportunidades precisas. Portanto, cabe primeiramente ao Estado a responsabilidade de aprimorar as punições já existentes, também entrar em acordo com a mídia, com o intuito de incentivar o repudio ao abuso e à agredida, desaceitar a condição de violentada.