Liberdade cerceada, direitos negados, vontade reprimida. Durante anos essa foi a realidade da mulher na sociedade brasileira. Hoje, através de muitas lutas esse quadro aos poucos vêm sendo modificado. Entretanto, nem todas podem desfrutar dos avanços, para muitas, vítimas de violênia, a realidade não mudou. Diante disso convém analisar as consequências dessa situação e o que fazer para conter a violência contra a mulher. O Brasil é um país machista e patriarcal, esses dois pilares regeram a construção da sociedade brasileira. Nesse panorama, as mulheres, em sua maioria eram mantidas submissas durante toda a vida, em um primeiro momento pelo pai e ao casar pelo marido. Asism, durante anos elas oram deixadas a margem da sociedade, vale pontuar que o simples direito ao voto só foi conquistado na década de 30. Hoje, apesar dos avanços alcançados elas continuam ganhando menos que os homens exercendo o mesmo ofício, seu desvio de comportamento sofre muito mais coerção social e são persistentes vítimas de violência, sobretudo física e psicológica. Segundos dados divulgados recentemente, nos últimos 30 anos foram assassinadas mais de 92 mil mulheres no país. E dos tipos de violências relatadas 51,68% são violência física e 31,81% são de violência psicológica. É importante relatar que a maioria desses casos estão relacionados aos seus companheiros e que por medo de represálias ou esperança que ele mude de comportamento a denúncia não é feita, fazendo com que permaneçam em condição semi-escrava. Para mudar essa situação foi criada a Lei Maria da Penha, na qual a mulher, respaldada por lei, é estimulada a denunciar. Os avanços obtidos com a criação da lei são inegáveis, mas é fundamental que ela seja cada vez mais divulgada. Fica sugerida então, a criação de campanhas publicitárias que mostrem mulheres que eram agredidas e através da denúncia se libertaram do seu agressor, punido adequadamente. Quem sabe assim a violência contra a mulher seja mais uma luta vencida no alcance da verdadeira igualdade entre os sexos.