Assédio, estupro, tráfico de pessoas, assassinatos. São com estes terríveis atos que nos deparamos ao assistirmos os noticiários na televisão e na maioria dos casos, as vítimas são mulheres. Em nosso país nos últimos 30 anos, foram assassinadas mais de 92 mil mulheres, sem contar o grande número de denúncias que são recebidas nas Secretárias de Políticas para as mulheres. Mesmo depois de tantos anos lutando por direitos e para se inserir em sociedade, a mulher ainda sofre com a violência. Durante muito tempo, a mulher foi considerada um sexo inferior e sempre viveu às margens da sociedade. Entretanto, no começo do século XX, as mulheres começaram a lutar por seus direitos e o primeiro conquistado foi o voto. Nas décadas que se seguiram, começaram a surgir movimentos contracultura e entre eles o feminismo, em que foram revindicados vários outros direitos em diversos campos como no civil e jurídico, no trabalho e na sexualidade. No Brasil, além destes diversos direitos, as mulheres ainda garantiram a Lei Maria da Penha para as vítimas de violência doméstica e no ano de 2015 foi sancionada uma lei que torna o feminicídio crime hediondo. Porém o que observamos acontecer são atitudes que ferem esses direitos conquistados. Estamos vivendo em uma sociedade que ainda guarda resquícios do patriarcalismo e portanto, tem atitudes machistas. Os maiores exemplos disso, são os recentes casos de assédio e estupro onde se tem o discurso de que a culpa é da vítima por se vestir de maneira inadequada.E também os casos de mulheres que são vistas como "propriedade" de seus companheiros e quando querem terminar o relacionamento são mortas. Fica evidente portanto que muito ainda precisa ser feito para combater a violência contra a mulher. Os órgãos públicos precisam ter uma maior fiscalização no cumprimento das leis, garantindo assim que os direitos incondicionais à vida e a liberdade das mulheres sejam preservados. A mídia tem um importante papel pois através de propagandas publicitárias pode incentivar que mais denúncias sejam feitas. E também cabe a escola como instituição socializadora educar de forma que se tenha a erradicação de preconceitos sexistas para que assim desde cedo as crianças cresçam e respeitem.