Título da redação:

De igual para igual

Proposta: ENEM 2015 - A persistência da violência contra a mulher na sociedade brasileira

Redação enviada em 14/04/2017

Por definição violência seria todo ato intencional de um indivíduo de prejudicar ou violar tanto fisicamente como mentalmente outro indivíduo. No entanto, a mulher nunca foi vista como um indivíduo e sim como um trapo; algo de uso coletivo e sem valor. Foi apenas na década de 70 que os movimentos feministas começaram a serem divulgados na mídia e os direitos das mulheres enfim ouvidos. Porém, mesmo com tantas campanhas incentivando o empoeiramento feminino e tantas outras condenando a violência contra a mulher, o Brasil continua sendo o 5º país com maior taxa de feminicídio do mundo, mostrando que não é apenas o conhecimento e a informação que deixam um país menos misógino, afinal algo que está empunhado na raiz de uma sociedade presa aos moldes escravocratas europeus não muda tão facilmente. A lei Maria da Penha representou um avanço no sistema judiciário brasileiro que passou a ver as mulheres como vítimas e não mais como o “ sexo frágil”, entretanto foram 120 anos desde a proclamação da independência até esse fato ser “descoberto” pelo governo brasileiro que cada vez mais vem alcançando avanços e retrocessos nesta luta. Vários serviços de proteção foram criados (e fechados), as leis são retrógradas e várias mudanças pretendidas não lograram com êxitos. A persistência da violência contra a mulher se deve então não apenas a um governo inconstante em leis eficientes ou a falta de campanhas produzidas, mas sim na precariedade da educação da sociedade, que parece ignorar todas essas mobilizações por falta de interesse ou simplesmente por achar que isso não acontece, tentando ao máximo distorcer as palavras de qualquer um que diga o contrário. O que deve ser feito então é uma transformação de caráter ético na população, induzindo os jovens a discutirem sobre isso por meio da escola, no âmbito familiar e principalmente nas redes sociais, auxiliando-os de forma clara e eficaz para que eles próprios consigam enxergarem o problema desde o princípio. Quem sabe assim a violência contra a mulher tome outros rumos, fazendo assim com que todas as mulheres que já sofreram algum tipo de abuso (ou que acreditam que possam vir a ter) possam sair de casa com a certeza de que são respeitadas e tratadas de igual para igual.