Título da redação:

Como acabar com a violência contra a mulher

Proposta: ENEM 2015 - A persistência da violência contra a mulher na sociedade brasileira

Redação enviada em 17/02/2016

No Brasil, é cláusula pétrea constitucional a equiparação dos gêneros. Além disso, desde 2006, vigora a Lei Maria da Penha que visa proteger a mulher contra a violência doméstica. Entretanto, devido ao medo de denunciar os companheiros, ao despreparo de parte da polícia e à maneira como a mulher é retratada pela mídia, a violência contra a mulher persiste na sociedade brasileira. Estudos desenvolvidos no Brasil e exterior mostram que a mulher que sofre violência doméstica adquire traumas psicológicos que a tornam dependente do parceiro. Dessa forma, muitas vítimas não denunciam o companheiro ou retiram a denúncia. Como a polícia depende disso para iniciar as diligências, muitos agressores permanecem soltos. No entanto, existem casos nos quais as vítimas querem denunciar mas as cidades não tem delegacia especializada ou não possuem casas de abrigo para acolher as mulheres com seus filhos. Além disso, é necessário que seja feito um acompanhamento psicológico com a vítima e as crianças envolvidas, o que nem sempre ocorre. Por fim, a maneira como a mulher brasileira é retrata pela mídia reforça a ideia de que todas são seres que devem ser subjugados. No início do ano de 2015, a modelo Aline Riscado participou de um comercial no qual os homens deviam escolher entre os mililitros de uma cerveja ou do seu silicone. Casos como esse estereotipam e inferiorizam a mulher contribuindo para a ocorrência de violência. Para reverter esse cenário, é necessário que desde a vida escolar a menina participe de dinâmicas promovidas por psicólogos e pedagogos no intuito de aumentar a auto-estima da mulher no futuro. Além disso, o governo deve investir no melhor aparelhamento das delegacias, focando na construção de casas de apoio e contratação de psicólogos. Por fim, o Ministério da Cultura deve subsidiar programas e comerciais que prezem pela mulher independente e segura e deve proibir programas apelativos e preconceituosos.