Desde as mais antigas civilizações o homem fora incumbido da defesa do território e participação em guerras, enquanto a mulher ficava responsável pelas tarefas do lar e cuidados dos filhos. Nesse contexto surgiu a cultura patriarcal, que coloca o homem como centro de força e poder, submetendo a mulher às suas vontades. Hoje, essa cultura ainda persiste na sociedade, representando no Brasil um dos maiores conflitos sociais a serem combatidos. O Brasil encontra-se entre os primeiros colocados nos rankings de violência contra a mulher. Mesmo com medidas que visam combater esse tipo de violência, como a "Lei do Feminicídio", a qual condena agressores que violentam mulheres pelo fato de serem mulheres, os índices de agressão sobem ano após ano, como mostra o "Mapa da Violência" de 2012. Por conseguinte, denota-se a dificuldade em se romper com uma cultura impositiva e opressora ao sexo feminino. A presença da cultura patriarcal também representa um motivo de persistência da violência contra a mulher. Apoiados nesse contexto, homens buscam legitimar a agressão, acreditando na ideia de ter a mulher como posse. Nesse sentido, os maiores índices de violência contra o sexo feminino são encontrados no próprio ambiente doméstico, evidenciando a grande importância de jurisdições específicas, como a "Lei Maria da Penha". A fim de proteger a mulher contra as investidas de uma cultura de coerção, medidas como o aumento da rigidez das legislações existentes, através de incrementos na punição de agressores, mostrar-se-iam de extremo interesse. Ademais, uma aliança entre governos, mídia e ONGs, no intuito de formular campanhas publicitárias que incentivem a mulher e a sociedade em geral a denunciar os agressores, representaria um grande avanço no combate à violência contra a mulher.