Segundo a história bíblica, a mulher foi enganada e seduziu o homem, fazendo com que surgisse o mal. Como penalização por ter "pecado", ficou destinada a submissão. Por esse e outros fatores, a figura feminina é vista como frágil, devendo sempre manter os bons modos, com toda sujeição. No Brasil, há uma forte cultura machista, o que contribui para a continuidade da violência às mulheres e, por muitas vezes, naturalizando este ato bárbaro. Isso acontece, principalmente, em relação às brigas de casais, que já foram tão banalizadas que ouvimos frases como: "Briga de marido e mulher, ninguém mete a colher". Segundo a Secretaria de Políticas para Mulheres, cerca de 50% das denúncias de violência contra mulher, é relatada a agressão por parte do próprio companheiro. Infelizmente, com frequência as agressões acabam em homicídios. O fator que mais influencia tais atos, é o sentimento, por parte dos homens, de dominância das suas parceiras, visto que a mulher é considerada quase um objeto, onde quem possui é o "mais homem". Enquanto houver esse tipo de pensamento, mulheres continuarão sendo agredidas e assassinadas. Além da violência doméstica, as mulheres temem, constantemente, a violência nas ruas. Mesmo com a independência que este grupo vem conquistando, sair às ruas desacompanhada ainda é um grande desafio, visto que, mais uma vez, a mulher é vista, muitas vezes, somente como objeto de desejo dos homens. É imposicionado determinado comportamento para que o grupo feminino esteja insento de violências dessa espécie. A mulher não deve usar roupas curtas; não sair sozinha a noite; etc. No entanto, isso é apenas desculpa que não convence, além de ser absurda e misógna. Dado o exposto, para combater a persistência da violência contra a mulher, é imprescindível o incentivo à mudança de pensamento da sociedade e, para isso, a educação é importante. O estudo de gêneros e sexualidade nas escolas fará com que a ideia de que mulheres devem ser submissas seja extinguida. O Governo deve, também, apoiar as organizações feministas, que já foram responsáveis por diversas conquistas para a equiparidade de gêneros. Ademais, é necessário o uso e publicidade televisiva, para motivar as vítimas a denunciarem abusos. Desse modo, a sociedade será mais segura para as mulheres do Brasil.