Não é nenhum problema contemporâneo, a violência contra mulher pode ser encontrada em vários episódios da história: as privações de direito à cidadania na Grécia e Roma antiga, a submissão no sistema familiar patriarcalista da Idade Média e os baixos salários pagos atualmente. Mas, como ainda persiste essa brutalidade depois de tanto desenvolvimento humano, intelectual e cientifico? Há quem diga que essa submissão está pautada na bíblia cristã, já que o homem foi criado primeiro e a mulher posteriormente de uma costela desse. Contudo o feminicídio ultrapassa religião, cultura, estado e chega na menor partícula responsável por uma sociedade justa, a família. Segundo a CNJ, 70% das mulheres que ligaram para o disk denúncia, tinham como agressores seus companheiros. Além da agressão física, observa-se também a violência psicológica e moral diante de um mercado de trabalho machista: que mesmo cedendo uma oportunidade de emprego as mulheres, as más remuneram, pagando uma porcentagem menor que pagaria a um homem para desempenhar a mesma função, como afirma uma reportagem exibida pelo jornal Fantástico e como canta Pitty em desconstruindo Amélia. Apesar do contínuo trabalho de combate a esse tipo de violência, como a lei Maria da Penha e as companhas de conscientização realizadas pelo governo, faz-se ainda necessário trazer medidas de compreensão na igualdade de gênero para o meio escolar, a fim de que os meninos e jovens que serão os futuros maridos, tenham uma consciência maior contra esses preconceitos históricos na suposta soberania do homem. Também despertaríamos nas futuras mulheres, nesse processo educativo, a estima de seu verdadeiro valor na sociedade, em patamares de igualdade ao dos homens, reforçando que em caso de serem vítimas, tem-se meios de se protegerem.